Em qualquer situação, a complexidade é vista como o número de possibilidades sempre maior que as reais. As ações recíprocas, no entanto, existem invariavelmente em menor quantidade. Naquelas, há permanência na atualização. Nestas, isso já não ocorre.
Importa observar, o que é atualizado jamais exclui outra possibilidade. Por decorrência, todo sistema é potenciamente precário, e só não o seria se com a complexidade ele se identificasse.
Daí, a questão da 'seletividade', ou 'escolha'. Nela, está presente a noção de 'código', prioritariamente o 'linguístico'.
Assim abordado, o poder, cifrado, vincula-se a multiplicidade de signos, destacando-se a 'escrita' como sua potência. A linguagem, no caso, é o código básico. E nesse sentido, o homem é 'um ser que fala', primeiramente, e depois escreve.
Já o 'meio' é uma construção convencionada através de símbolos gerais, reguladores da transmissão dos desempenhos seletivos. Por efeito, todo sistema social envolve escolhas dentro de uma complexidade maior; e toda seletividade é contingente. A seleção concretamente realizada é um desempenho seletivo. Via de consequência, a contingência é dupla, porque parte de um parceiro para o outro.
A admitir uma 'capacidade seletiva' está a 'norma', posto ser ela que permite a comunicação.
O poder não é, por conseguinte, coloquial. Ele se oculta na norma que torna a linguagem emblemática.
(Caos Markus)
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