O Existencialismo difundiu-se como o pensamento mais radical a respeito do homem na época contemporânea. Surgiu em meados do século XIX com o pensador dinamarquês Kierkegaard e alcançou seu apogeu após a Segunda Grande Guerra, nos anos cincoenta e sessenta, com Heidegger e Jean-Paul Sartre.
A corrente existencialista assimilou ainda uma influência da fenomenologia cuja figura principal, Husserl, propõe a descrição dos fenômenos tais como eles parecem ser, sem nenhum pressuposto de como eles sejam na verdade. Para o existencialismo, a fenomenologia de Husserl significou um interesse novo no fenômeno da consciência.
Reunindo as sínteses do pensamento de cada um desses filósofos pode-se elencar os principais postulados dessa corrente filosófica. Assim, identifica-se o ser humano enquanto indivíduo, e não com as teorias gerais sobre o homem. Há uma preocupação com o sentido ou o objetivo das vidas humanas, mais que com verdades científicas ou metafísicas sobre o universo. Com efeito, a experiência interior ou subjetiva. Aqui, a influência da fenomenologia é considerada mais importante do que a verdade "objetiva", constituindo-se em fundamento igual à da filosofia oriental).
Noutro princípio, há a compreensão de que o homem não foi planejado por alguém para uma finalidade, como os objetos que o próprio homem cria, mediante um projeto. O homem se faz em sua própria existência.
Acrescenta-se que o mundo, como nós o conhecemos, é irracional e absurdo, ou pelo menos está além do nosso total discernimento. Nenhuma explicação final pode ser dada para o fato de ele ser da maneira que é.
Também um princípio, a falta de sentido, a liberdade conseqüente da indeterminação, a ameaça permanente de sofrimento, da sua origem à ansiedade, à descrença em si mesmo e ao desespero; há uma ênfase na liberdade dos indivíduos como a sua propriedade humana distintiva mais importante, da qual não se pode fugir.
(Marcus Moreira Machado)
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