Aceitar a nossa submissão à linguagem sibilina de governos insensatos é admitir nossa própria estupidez.
Não somos um bando nômade a errar ociosamente. E, portanto, não é por “bruxos” e seus infames vaticínios que devemos nos deixar dirigir.
Buscar a justa proporção ou combinação de forças, num estado dos poderes públicos que se relacionem, sem que nenhum suplante outro, é preocupação de todos os que desejamos equilíbrio social. Porque nossos destinos não aguardam outra coisa, como bem o disse Lauro Porto Machado: “A plebe que sofre e a ostensiva realeza. /Tudo tem o seu fim, tem seu objeto:/ Harmonia e equilíbrio da natureza.”
E é essa intrínseca natureza que faz de nós seres humanos e não porcos ou chacinas. E será por essa superior qualidade que nos indignaremos, sempre se se pretender decretar a gênese do apocalipse, ou o genocídio do povo brasileiro, travestido em múltiplas chacinas. E a nossa indignação haverá de ser tanta que nenhum regime poderá declarar-se bom, justo e forte quando pretender a mortificação “pela fome ou pelo exílio, pelo cárcere ou pela calúnia”. Desacreditando-o estaremos nos redimindo.(Marcus Moreira Machado)
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