Vamos combinar o seguinte: nós continuamos fingindo, que é para não peder a graça; mas, fique avisado, é apenas fingimento; eu sei quem você é e você sabe quem eu sou; eu não sou nem melhor nem pior que você, e o contrário também é verdadeiro, ok? Se estamos combinados, agora me conta melhor aquela história de quando você se candidatou só pra ficar um tempinho afastado do serviço público... Foi uma mamata, não foi mesmo? Cá entre nós, esse papo de que "ganha-se pouco mas se diverte muito" no seu caso procede, não? E pra que levar tudo a sério... O governo só tira da gente, que o jeito é a gente aproveitar um pouco, não é mesmo?
É nada, seu canalha!!! E o seu discurso todo, como é que fica? E o "partidão", a comuna, os "soviets"...? Tudo mentira?! Foi o "Muro de Berlim" que caiu ou foi quase uma geração inteira que caiu nessa cilada dos "camaradas"? Você só foi um bom partido para aquela garotinha desengonçada de família burguesa (e milionária!) com quem se casou. Naquele momento, a adolescente pegava o carro do ano do papai imperialista, ia para o "comitê", ouvia o seu blá-blá-blá, pra depois ir darem o maior malho, lambecando todinho o conversível. Essa lábia, esse gogó de ouro lhe renderam fama no pedaço. Com aquela carinha "romântica" de um "Chê" misturado com malandragem carioca você assegurou o seu caminho de glórias, meio gigolô, meio "Don Juan", cheio de verve e de água velva (hum...! que trocadilho meio sem graça).
E hoje taí você - gordo, pelancudo, tirando as roupas das menininhas nas ruas com todo o poder da sua imaginação; algumas, impregnadas de "complexo de eléctra", ainda caem no seu léro-léro, pois acham o maior tesão um "pai" descontraído, consciente e liberal.
Porca miséria! O que foi que fizemos de nossas vidas! A banda já passou, o trem já passou, eu já passei, você já passou...
Então, tá prometido mesmo que a gente só vai fazer de conta que ainda consegue tapear os outros? Os frangotes mais novinhos que ainda são capazes de sonhar um paraíso perdido? Promessa é dívida, hein, companheiro? Se bem que nem a dívida do boteco a gente voltou para pagar. Tudo em nome da "causa", da "revolução" proletária e otária; "em nome de Deus", "em nome da rosa", pois que "a rosa é uma rosa é uma rosa...", como em Gertud Stein. Stein, não Stálin. Passa aqui pra gente tocar um Bob Dylan. (Marcus Moreira Machado)
Um comentário:
Em tempos de asilo político a Césare Batisti, a questão comunista ecoa como lança perfume em cabeça de maluco. Conceder status de refugiado é reconhecer que a luta armada pelo comunismo era legítima ou significa admitir que um Estado Democrático persegue "injustamente" os homicidas? Seria represália brasileira por conta da não extradição do Cacciola ou prepotência italiana contra o pais do pobre Lula... Quem vai pagar essa conta de boteco?
Abraço
Cristiano
www.ricardinhocristiano.blogspot.com
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