Saber que fede já é ruim; ir ver o quê fede atrás do poste é quase masoquismo. Pois de repente (ou "derrepentemente", como insistem os 'experts' mais espertos) alguém descobre que prostituta frequenta "zona" e, escandalizado (ou encandalizando?) põe a boca no trombone, bufando o mais recente vexame nacional Arre!!! Que povinho mais sonso esse, o do Brasil!
E pensar que tem gente que não acredita na descida do homem na Lua, dizendo que tudo nunca passou de mais um truque de efeitos especiais da produtora de George Lucas. Vai ver, até Brasília ainda não saiu das pranchetas de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer; o Congresso Nacional é exercício da imaginação, pretexto de Kubitschek para realizar o sonho de Alberto Santos Dumont -situar a capital da República a anos-luz de eventual inimigo (além do que, se eleitores incomodam, nada melhor do que embrenhar o federal distrito no "Centrão" de Planalto algum). Mas satélites existem, ninguém duvida; e as sumerianas ou gregas cidades-estados deram lugar, certamente, às cidades satélites, todas orbitando como pirilampos ao derredor da feérica luz do poder. E como sinônimo de vagalume é 'caga-lume' ou 'caga-fogo', eis a explicação para tanto mau cheiro. Então para que tanto espanto!? Por que esperar odores de lavanda na decomposição orgânica de excrecências administrativas?! Afinal, os arrabaldes nunca serviram para outra coisa senão sentir a repugnância da emanação de vaporosos empreendimentos movidos a bio-diesel. Se outrora, em tempos golpistas, trevas e silêncio, hoje, com energia de sobra, a denúncia sistemática e... a luz! A mágica luz dos pirilampos! E por falar nisso, convém lembrar que praga de gafanhotos não é raro acontecer, mas nuvens de vagalumes... (Marcus Moreira Machado)
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