Não há absoluto algum a nos chamar para fora do mundo. Cientes estamos da transitoriedade e nela é que nos afirmamos. Porque a nossa lucidez é também a consciência deste mundo que abriga o fisicamente reconhecido.
Afinal, se a vivência de uma felicidade temporal tem que ser interrompida, há algo dela que permanece. Algo do mundo terreno remanesce, num desejo de nova união, antevendo outra tarefa a ser realizada, para a nossa própria realização.
É o mundo que indica à felicidade a direção, mostrando-se como imenso objeto capacitado à satisfação da liberdade de todos. E deste prazer essencial, nada é pouco, nada é indigno, pois -consequência da mais íntima união- somos devolvidos à inocência, à pureza natural que fundamenta a nossa existência.
O enlace entre o homem e o mundo se completa pela integração da felicidade à exigência que, moral, constitui verdadeira regra.(Marcus Moreira Machado)
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