Não obstante a certeza de ter sido a Igreja Católica que abriu, na Europa, por meio de suas propagandas, dos seus apelos ao povo, de sua escolas e universidades, a perspectiva do 'moderno' Estado educativo; igualmente certo é que nunca ela pretendeu fazer nada no genero desse Estado. Não distribuiu o saber com a sua benção, mas o deixou, inadvertidamente, solto e desordenado.
Não era da República Romana que a Igreja se reputava a herdeira, porém, sim, do imperador romano. A sua concepção de Educação não era a de uma libertação, a de um convite à participação. Antes, pretendia somente a subjugação dos espíritos.
Dois do maiores educadores da Idade Média que fizeram uso da organização da Igreja, não foram de modo algum eclesiásticos ou homens dessa instituição, mas monarcas e estadistas: Carlos Magno e Alfredo o Grande, da Inlgaterra. Contudo, foi a Igreja que ministrou a organização.
Igreja e monarca, em sua competição pelo poder, invocaram, ambos, o apoio da consciência e dos pensamentos do homem comum. E em resposta a esses apelos contraditórios surgiu o 'homem de fora', não oficial e independente, a pensar por si mesmo.
O poder não lograra perceber que buscando no homem comum somente pretexto para justificar as suas ambições, acabaria por incentivar o saber nesse mesmo homem, que, depois, também entraria nessa disputa, reivindicando a sua efetiva participação na sociedade.(Marcus Moreira Machado)
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