Quando virá a tristeza? Será, é ela que vem? Ou antes dela, é a felicidade que parte?
Haverá breve tempo em que -nem feliz nem triste- a paz não precise significar provisório estado da alma? E, por efeito, ela possa de fato existir?
Serão recordações sem prévio aviso de chegada a causa dos extremos?
E por que e por quem o pretérito faz da lembrança meia vida em "eterno regresso"?
Há futuro se ausente a paz?
Há paz quando o presente é o passado decidindo a sorte de um (in) feliz?
Quando vida e morte não serão confundidas entre si, a ponto de na vida a maior sorte não mais ser a própria morte?
Há futuro sem a memória de tristezas e alegrias no presente de quem da vida mais teme o seu porvir feito em morte?
Há o quê?
(Marcus Moreira Machado)
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