REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 30 de agosto de 2014
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014: "RÉPLICA"
Nunca compreenderemos a existência de uma outra pessoa diante de nós, pois a vemos como objeto.
Porque só há lugar para 'outro' se for em nosso próprio contexto.
Será necessário que eu, você, ele, nos desdobremos (distanciados de nossos particulares territórios), se pretendermos viver a experiência alheia. Afinal, enxergamos no 'outro' sempre a nossa réplica. Um ser real, mas à margem, já que é por trás de nós que ele existe. Da mesma maneira como tudo adquire independência absoluta somente à margem do nosso campo de visão.
(Caos Markus)
DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014: "HIPÓTESE"
Muita gente acredita em Rousseau porque precisa acreditar.
E precisa porque não pode crer em Hobbes.
Porque crer em Hobbes seria suicídio pleno de sanidade.
Por isso, a "insanidade" sempre é relegada, esquecida como hipótese primeira.
Haveria outra alternativa para tanto medo de si mesmo?
E precisa porque não pode crer em Hobbes.
Porque crer em Hobbes seria suicídio pleno de sanidade.
Por isso, a "insanidade" sempre é relegada, esquecida como hipótese primeira.
Haveria outra alternativa para tanto medo de si mesmo?
(Caos Markus)
SÁBADO, 13 DE SETEMBRO DE 2014: "DESÍGNIOS"
Aos 16, 18, 20 anos de idade, quando muito, quase todos somos 'revoltados' (para os 'existencialistas', dimensão superior a de meros revolucionários, posto que a 'revolta' é condição permanente de vida, enquanto a 'revolução' tem prazo determinado, validade apenas para um lapso temporal).
O singular, a trazer sofrimentos vários, sem dúvida, é prosseguir na vida -aos 25, 30, 50- com as aspirações essenciais à revolta.
Mais que predestinados, alguns são designados a se rebelar contra a resignação.
Por esses desígnios, exalam o que inspiram.
O singular, a trazer sofrimentos vários, sem dúvida, é prosseguir na vida -aos 25, 30, 50- com as aspirações essenciais à revolta.
Mais que predestinados, alguns são designados a se rebelar contra a resignação.
Por esses desígnios, exalam o que inspiram.
(Caos Markus)
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
SEXTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2014: "UNIDADE E IDENTIDADE"
Toda palavra é antes de tudo uma generalização.
A generalização é um ato verbal do pensamento excepcional, porque reflete a realidade em um modo diferente de como ela é cogitada nas sensações e percepções imediatas.
O significado da palavra possui na sua universalização um ato de pensamento. Ao mesmo tempo, é um ato de linguagem, pois um termo sem acepção é apenas um som vazio.
O sentido é, simultaneamente, fenômeno do conteúdo semântico e do juízo de valores, considerado enquanto um exemplar da concepção verbalizada.
A comunicação só ocorre na medida em que se é capaz de transmitir ao outro, através de vocábulos articulados, uma impressão.
Quando uma pessoa está sentindo algo e quer comunicar isso a outrem, só o conseguirá se generalizar e nomear sua vivência, classificando conhecimentos instantâneos em determinada classe de condições observadas pelo seu interlocutor.
A palavra é compreendida, então, não só como unidade do pensamento e da linguagem, mas também como identidade da generalização comunicativa do raciocínio precedente.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2014: "APROXIMAR A UNIVERSIDADE DA ESCOLA BÁSICA"
A construção da escrita e a função da escola serão o resultado de novas convicções para recriar a realidade a partir de uma revisão crítica do conhecimento, preocupada com as minorias, com a diversidade cultural, com o direito à palavra, com o impacto de suas descobertas, capaz de não só ousar no plano teórico, mas de assumir com humildade o diálogo com os educadores.
A crença na alfabetização iniciada e terminada entre as quatro paredes da sala de aula, na aplicação correta de um método a garantir ao professor o controle do processo de ensinar as primeiras letras, baseia-se tradicionalmente no enfoque de ‘como se deve ensinar a ler e a escrever’.
Tal perspectiva precisa ser deslocada, concentrando-se na abordagem do ‘como se ensina’ e ‘como se aprende’, fixando a escrita no seu devido lugar, enquanto objeto sócio-cultural de conhecimento.
Retirando-se da escola o monopólio da alfabetização, e no centro dessa questão admitir a premissa do sujeito ativo e inteligente, traduz-se na ideia verdadeiramente revolucionária de que o aprendiz precisa pensar sobre a escrita para se alfabetizar.
Por demasiado tempo tem sido atribuida por meta escolar determinar os pré-requisitos necessários ao ensino básico, um formatado conjunto de habilidades consideradas indispensáveis às crianças no seu aprendizado inicial, subjugando-as à verificação dessas hipotéticas aptidões através de uma série de testes ou exercícios, a fim de mensurar a maturidade dos recém- ingressos na educação institucionalizada.
Ao professor ainda hoje outorga-se a competência de ministrar essa tarefa de maneira estritamente escolarizada, cabendo aos iniciantes aprender só o ensinado pelo educador. Assim, pela estagnada metodologia, primeiramente, a assimilação das letras e/ou sílabas escritas e seus respectivos sons; quando memorizadas as correspondências, então, os aprendizes serão proficientes na leitura e na escrita. E se não aprendem, a responsabilidade facilmente é justificada em problemas pessoais, défict de atenção, dependentes exclusivamente de tratamento clínico, psicológico ou psicopedagógico.
A falsa dialética, contudo, está fadada à decadência, hoje demonstrando-se o contrário: o substancial no ato de alfabetizar não reside em esfera de natureza perceptual, mas, sim, na órbita conceitual. Ou seja, por trás da mão que segura o lápis e escreve e de um olho a ler o escrito, está um sujeito 'a pensar sobre a escrita', a respeito da existência do texto em seu meio social, com o qual ele toma contato por atos envolvendo sua participação em práticas sociais associadas à leitura e à escrita.
Pode-se falar de uma evolução da escrita na criança, progressão influenciada, porém, não totalmente estabelecida pela ação das instituições educativas. Pode-se descrever uma psicogênese nesse domínio, isto é, não somente distinguindo etapas sucessivas, entretanto, também interligando-as em termos de mecanismos constitutivos justificadores da sequência dos níveis sucessivos.
A mudança no eixo das pesquisas mostra um elemento novo: as crianças possuem ideia da escrita muito 'antes de serem autorizadas pela escola a aprender'. As ideias assumem formas inesperadas, e ao invés de acumularem as informações oferecidas, o novos alunos inventam formas surpreendentes de escrever, dentro de uma ordem precisa.
O impacto desta conjetura na Educação define um marco divisor na história da alfabetização brasileira.
Com o objetivo de ampliar a compreensão dos educadores sobre os dilemas cognitivos enfrentados pela criança na construção textual, a psicogênese da língua escrita tem o mérito de trazer a temática para uma exterioridade expandida: dos aspectos formais (como o reconhecimento das letras e o estabelecimento das relações entre elas e outras marcas de representação como a pontuação, os números e os desenhos) aos modos de produção e interpretação a partir de fatores como a escolaridade, o dialeto e a ideologia.
Mesmo assim, a psicogênese em sala de aula tem se configurado sob a forma de práticas aleatórias.
A crença na alfabetização iniciada e terminada entre as quatro paredes da sala de aula, na aplicação correta de um método a garantir ao professor o controle do processo de ensinar as primeiras letras, baseia-se tradicionalmente no enfoque de ‘como se deve ensinar a ler e a escrever’.
Tal perspectiva precisa ser deslocada, concentrando-se na abordagem do ‘como se ensina’ e ‘como se aprende’, fixando a escrita no seu devido lugar, enquanto objeto sócio-cultural de conhecimento.
Retirando-se da escola o monopólio da alfabetização, e no centro dessa questão admitir a premissa do sujeito ativo e inteligente, traduz-se na ideia verdadeiramente revolucionária de que o aprendiz precisa pensar sobre a escrita para se alfabetizar.
Por demasiado tempo tem sido atribuida por meta escolar determinar os pré-requisitos necessários ao ensino básico, um formatado conjunto de habilidades consideradas indispensáveis às crianças no seu aprendizado inicial, subjugando-as à verificação dessas hipotéticas aptidões através de uma série de testes ou exercícios, a fim de mensurar a maturidade dos recém- ingressos na educação institucionalizada.
Ao professor ainda hoje outorga-se a competência de ministrar essa tarefa de maneira estritamente escolarizada, cabendo aos iniciantes aprender só o ensinado pelo educador. Assim, pela estagnada metodologia, primeiramente, a assimilação das letras e/ou sílabas escritas e seus respectivos sons; quando memorizadas as correspondências, então, os aprendizes serão proficientes na leitura e na escrita. E se não aprendem, a responsabilidade facilmente é justificada em problemas pessoais, défict de atenção, dependentes exclusivamente de tratamento clínico, psicológico ou psicopedagógico.
A falsa dialética, contudo, está fadada à decadência, hoje demonstrando-se o contrário: o substancial no ato de alfabetizar não reside em esfera de natureza perceptual, mas, sim, na órbita conceitual. Ou seja, por trás da mão que segura o lápis e escreve e de um olho a ler o escrito, está um sujeito 'a pensar sobre a escrita', a respeito da existência do texto em seu meio social, com o qual ele toma contato por atos envolvendo sua participação em práticas sociais associadas à leitura e à escrita.
Pode-se falar de uma evolução da escrita na criança, progressão influenciada, porém, não totalmente estabelecida pela ação das instituições educativas. Pode-se descrever uma psicogênese nesse domínio, isto é, não somente distinguindo etapas sucessivas, entretanto, também interligando-as em termos de mecanismos constitutivos justificadores da sequência dos níveis sucessivos.
A mudança no eixo das pesquisas mostra um elemento novo: as crianças possuem ideia da escrita muito 'antes de serem autorizadas pela escola a aprender'. As ideias assumem formas inesperadas, e ao invés de acumularem as informações oferecidas, o novos alunos inventam formas surpreendentes de escrever, dentro de uma ordem precisa.
O impacto desta conjetura na Educação define um marco divisor na história da alfabetização brasileira.
Com o objetivo de ampliar a compreensão dos educadores sobre os dilemas cognitivos enfrentados pela criança na construção textual, a psicogênese da língua escrita tem o mérito de trazer a temática para uma exterioridade expandida: dos aspectos formais (como o reconhecimento das letras e o estabelecimento das relações entre elas e outras marcas de representação como a pontuação, os números e os desenhos) aos modos de produção e interpretação a partir de fatores como a escolaridade, o dialeto e a ideologia.
Mesmo assim, a psicogênese em sala de aula tem se configurado sob a forma de práticas aleatórias.
Professores, ansiosos por encontrar alternativas face os dramáticos índices de reprovação, têm feito uma transposição das situações de pesquisa, tratando-as como mais uma metodologia de trabalho, acima do estímulo à reflexão, ao estudo e ao planejamento de práticas compromissadas com os educandos. Muitos educadores assumem a psicogenética como solução para todos os conflitos.
Por consequência, surge uma série de modismos pedagógicos, originados da má interpretação dos princípios psicogenéticos. O mais grave deles evidencia uma posição voltada à extrema espontaneidade e liberalidade, notado através de procedimentos equivocados, destacando-se: a ausência de intervenções pedagógicas, em falha identificação de poderem se constituir em obstáculos ao processo de aprendizagem, sem, em contrapartida, a preocupação de propor experiências favoráveis à construção dos saberes; a aceitação de qualquer tipo de erro sem esforço interpretativo para entender a sua lógica ou para transformá-lo em recurso na superação das dificuldades; a desconsideração do planejamento; a pretensão de esboçar a aprendizagem em etapas, induzindo a sua progressão a partir de níveis hierarquizados; deixar a criança escrever sem inferências nem propósitos ou destinatários; trabalhar apenas com textos, em detrimento de uma reflexão organizada do funcionamento do sistema; evitar a correção ou qualquer forma de revisão textual; a adoção de livros didáticos que, pretendendo substituir as cartilhas, agrupam diferentes tipos textuais, não assegurando as especificidades das mensagens nem as reais situações de uso.
Enfim, a psicogênese da língua escrita permitiu discernir o quanto este saber não é suficiente para aprender a ler e a escrever. Insuficiente, todavia, não significa desnecessário.
A complexidade da construção da escrita sugere a premência de iniciativas que, tanto do ponto de vista político quanto no plano pedagógico, possam estimular a continuidade de pesquisas básicas e aplicadas, agregando-as ao debate e à permuta de experiências dos educadores, a fim de aproximar a universidade da escola básica, de maneira a valorizar a própria Educação.
(Caos Markus)
Por consequência, surge uma série de modismos pedagógicos, originados da má interpretação dos princípios psicogenéticos. O mais grave deles evidencia uma posição voltada à extrema espontaneidade e liberalidade, notado através de procedimentos equivocados, destacando-se: a ausência de intervenções pedagógicas, em falha identificação de poderem se constituir em obstáculos ao processo de aprendizagem, sem, em contrapartida, a preocupação de propor experiências favoráveis à construção dos saberes; a aceitação de qualquer tipo de erro sem esforço interpretativo para entender a sua lógica ou para transformá-lo em recurso na superação das dificuldades; a desconsideração do planejamento; a pretensão de esboçar a aprendizagem em etapas, induzindo a sua progressão a partir de níveis hierarquizados; deixar a criança escrever sem inferências nem propósitos ou destinatários; trabalhar apenas com textos, em detrimento de uma reflexão organizada do funcionamento do sistema; evitar a correção ou qualquer forma de revisão textual; a adoção de livros didáticos que, pretendendo substituir as cartilhas, agrupam diferentes tipos textuais, não assegurando as especificidades das mensagens nem as reais situações de uso.
Enfim, a psicogênese da língua escrita permitiu discernir o quanto este saber não é suficiente para aprender a ler e a escrever. Insuficiente, todavia, não significa desnecessário.
A complexidade da construção da escrita sugere a premência de iniciativas que, tanto do ponto de vista político quanto no plano pedagógico, possam estimular a continuidade de pesquisas básicas e aplicadas, agregando-as ao debate e à permuta de experiências dos educadores, a fim de aproximar a universidade da escola básica, de maneira a valorizar a própria Educação.
(Caos Markus)
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
QUARTA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2014: "APREENSÃO CIRCUNSTANCIADA"
Uma hipótese absolutamente estereotipada, no ensino, os princípios coordenados de representação não são assimilados pelos alunos de tenra idade como sistema de codificação. Os obstáculos enfrentados pelas crianças são dificuldades de ordem conceitual, semelhantes aos da sistematização. Por isso, em ambos os casos, isto é, no processamento numérico e no ordenamento da linguagem, a criança reinventa essas organizações.
A confiança no sujeito aprendiz, levado a atuar na construção do saber, ao entendimento da escrita enquanto princípios reunidos de representação e alfabetização, sob a condição de uma intensificada atitude reflexiva; de fato, se configura por meio da reconstrução da língua escrita, redimensionando-se o superado discernimento sobre a pedagogia na didática de alfabetizar. As formas de ensino e as práticas tradicionais preconizadas pelas cartilhas de iniciação são afastadas ante as perspectivas de inovação, cuja meta é a superação do fracasso escolar.
Fundamental, na contribuição teórica contemporânea é a transferência do propósito educativo, suprimindo-se o método preconcebido, em abertura à construção do saber; abolindo-se o ensino controlado em etapas, oportunizando o advento da práxis pedagógica planejada no dia-a-dia, considerados por parâmetros os conflitos cognitivos emergentes em sala de aula; distanciando-se da progressão previsível e justificada para alcançar a flexibilidade capaz de respeitar o ‘tempo do aluno’, valorizando o seu ritmo de apreensão circunstanciada no ambiente onde está habitualmente inserido, ou seja, enxergando-o, na escola, como pessoa a trazer consigo o mundo no qual convive exteriormente à instituição educacional.
A confiança no sujeito aprendiz, levado a atuar na construção do saber, ao entendimento da escrita enquanto princípios reunidos de representação e alfabetização, sob a condição de uma intensificada atitude reflexiva; de fato, se configura por meio da reconstrução da língua escrita, redimensionando-se o superado discernimento sobre a pedagogia na didática de alfabetizar. As formas de ensino e as práticas tradicionais preconizadas pelas cartilhas de iniciação são afastadas ante as perspectivas de inovação, cuja meta é a superação do fracasso escolar.
Fundamental, na contribuição teórica contemporânea é a transferência do propósito educativo, suprimindo-se o método preconcebido, em abertura à construção do saber; abolindo-se o ensino controlado em etapas, oportunizando o advento da práxis pedagógica planejada no dia-a-dia, considerados por parâmetros os conflitos cognitivos emergentes em sala de aula; distanciando-se da progressão previsível e justificada para alcançar a flexibilidade capaz de respeitar o ‘tempo do aluno’, valorizando o seu ritmo de apreensão circunstanciada no ambiente onde está habitualmente inserido, ou seja, enxergando-o, na escola, como pessoa a trazer consigo o mundo no qual convive exteriormente à instituição educacional.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014: "TRADUÇÃO"
O mundo carece, eu creio de 'evolucionários', muito embora seja abundante a quantidade de "revolucionários". De semelhante maneira, inúmeras 'reivindicações' não têm sido precedidas de qualquer 'vindicação'. Ou para ser mais preciso: é gritante o sem número de clamores vazios de real significado, afastados, todos, da incontestável 'lei da causa e efeito'; e raros são os homens que -mais por vocação- não perseguem meta alguma, mas seguem, sim, o itinerário do aperfeiçoamento moral, caminhando ao encontro da 'ética essencial', em valorização do relacionamento entre homem e sociedade, no contexto de respeito à superioridade do que se lhe é desconhecido.
Determinadas pessoas não exigem muito esforço da nossa observação, fazendo-se notar naquilo que trazem de bom ao mundo, pouco preocupadas que estão com o tamanho do "troféu", pois bastante ocupadas na tarefa diária de premiar a humanidade com este sentimento intrínseco ao caráter dos indivíduos "coletivizados": o amor.
Afinal, a alma transformada jamais poderá ser tradução de uma mente transtornada, porém, certamente, a oratória maior do ainda pouco estudado idioma universal do "sentimento do mundo", onde 'poeta' não é quem escreve versos, mas sim quem semeia a poesia da vida plena.
Determinadas pessoas não exigem muito esforço da nossa observação, fazendo-se notar naquilo que trazem de bom ao mundo, pouco preocupadas que estão com o tamanho do "troféu", pois bastante ocupadas na tarefa diária de premiar a humanidade com este sentimento intrínseco ao caráter dos indivíduos "coletivizados": o amor.
Afinal, a alma transformada jamais poderá ser tradução de uma mente transtornada, porém, certamente, a oratória maior do ainda pouco estudado idioma universal do "sentimento do mundo", onde 'poeta' não é quem escreve versos, mas sim quem semeia a poesia da vida plena.
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE SETEMBRO DE 2014: "INTELIGINDO"
O que significa ser inteligente? Supõe-se, é o agir para o melhor, fazer sempre o melhor e da melhor forma, tornando-se, portanto, melhor.
Desse modo, o mundo não seria mais indiferenciado ou não estaria mais dilacerado entre pólos opostos sem acordo, mas seria um mundo dirigido, orientado na direção do que é melhor.
A 'inteligência', o 'pensamento', contudo, não agem no sentido do 'melhor', pura e simplesmente.
O 'pensamento' é apenas 'iniciativa'; somente põe o cosmos em movimento, sem qualquer outra interferência.
A partir do primeiro impulso, as partículas se atraem e se repelem, formando todas as coisas e seus limites. E esse movimento circular perdura, revolvendo todas as coisas, até os próprios astros. O agir desse 'inteligência' é mecânico.
Falar em 'inteligência', hoje, implica para nós referência à inteligência humana, ou a um ser pensante.
Não é fácil sequer imaginarmos o que seria esse puro pensamento impulsionador do mundo, anterior a todos os seres constituídos e a toda e qualquer caracterização.
Pensadores religiosos cristãos identificariam tal força ao ato de criação do mundo por Deus, mas a filosofia parece recuar, com prudência, diante de verdades como essa, que dependem de crença.
Afinal, por primeiro, não se falou num deus criador, mas sim em um 'pensamento', numa 'inteligência'. Não se aludiu a criação, porém, no inicial contato do movimento.
A questão fundamental a nos suscitar a 'inteligência' primordial está no fato de que falar em 'ordem', em 'ordem do mundo', 'cosmos', já é falar em 'organização', em uma 'ordem racional das coisas', em 'razão', na 'racionalidade das coisas', como estando nas coisas elas mesmas, e não em outra parte.
Pensar o mundo como uma totalidade organizada já é pensá-lo como inteligência, não só como nossa faculdade de inteligir. Compreendê-lo, pois, como possibilidade de que as coisas sejam inteligíveis nelas próprias.
(Caos Markus)
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
DOMINGO, 7 DE SETEMBRO DE 2014: "REINVENTANDO A REPRESENTAÇÃO"
Ao se pensar em alfabetização e pretender traçar um panorama das ideias que afetam a educação brasileira, não se pode deixar de lado os pressupostos de uma verdadeira revolução conceitual, desmontando explicações construídas ao longo de décadas para justificar o fracasso escolar de crianças na fase inicial da aprendizagem.
O foco de atenção, antes centrado no professor ‘que ensina’, passa a ser no aluno ‘que aprende’. Do ponto de vista teórico, refere-se a concepções radicalmente transformadoras do questionamento até então a orientar os estudos sobre a aquisição da leitura e da escrita.
Resgatando a compreensão do sujeito cognitivo, o foco, hoje, está na criança como ser capaz de criar hipóteses, de testá-las e de elaborar sistemas interpretativos na busca de compreender o universo circundante.
Se anteriormente as estatísticas educacionais apontavam metade das crianças matriculadas nas escolas brasileiras como reprovadas na passgem da primeira para a segunda série, face a problemas de aprendizagem ora justificados em função de carência nutricional, ora como consequência de falta de estímulo intelectual, de ausência cultural, de transtornos psiconeurológicos; ou então por efeito de deficiência linguística; atualmente, a psicogênese da língua escrita descreve o processo pelo qual a escrita se constitui objeto de conhecimento para a criança, demonstrando que as restrições não são exclusivamente dos alunos, De fato, uma sinalização para se repensar o papel da escola e do ensino oferecido às crianças. Pois, existem deficiências ocultadas nos índices das estatísticas, diretamente relacionadas com a função escolar no ensino dos educandos.
Partindo da hipótese de que a aprendizagem da leitura e da escrita não se limita à sala de aula, e a criança inicia o seu processo de alfabetização muito antes de ingressar na instituição de ensino regular, a inovação é assumir a educação básica em uma abordagem mais ampla, deixando de ser uma questão exclusivamente pedagógica, dependente da utilização de um método preconcebido e atividades mecanicistas de treinos e memorização. Ela também se explica pelas variáveis sociais, culturais, políticas e psicolinguísticas.
Considerando-as, deve ser engendrado o sistema de construção da língua escrita, patenteado externamente pelas interações sociais e experiências do sujeito aprendiz com as práticas do ler e escrever, e internamente através dos conceitos formulados, subsidiados pela sucessão de contradições e conflitos cognitivos.
Durante muitos anos, a língua escrita foi compreendida como um código cujo funcionamento se esclarecia pela associação de fonemas e grafemas na formação de sílabas, palavras e frases, viabilizando a transposição da fala para o papel somente com o domínio da grafia das letras, combinando-as aos seus respectivos sons, e ajustando-as às regras da ortografia e de gramática.
Superando, todavia, a esfera do código, a atenção é dirigida à complexidade da escrita entendida como ‘sistema de representação’, admitindo-se que o simples domínio do processo não irá tornar o sujeito um “escritor” competente, porque, além disso, é indispensável a extensão de sua experiência e seus saberes até o reconhecimento da escrita na sua especificidade.
Ao lado dos princípios normativos que organizam o seu funcionamento, há uma imensa diversificação de configurações e funções inerentes ao uso da língua, a merecer valorização nas mais variáveis situações sociais de uso da escrita. Por efeito, longe de simplesmente colocar em prática os princípios de um código, o aprendiz acaba se envolvendo em procedimentos de reflexão e recriação linguística, imprimindo à própria linguagem outra forma, assentada nos seguintes primados: 'o que escrever', 'para que escrever', 'o gênero' e 'a estrutura da escrita', 'seus destinatários' e 'sua função social'. Afinal, na codificação, tanto os elementos como as relações já estão predeterminados, ao contrário de uma reinventada representação. Porque, sem hesitações, a invenção da escrita decorre de um processo histórico ao construir-se um sistema de representação, e não um processo de codificação.
(Caos Markus)
O foco de atenção, antes centrado no professor ‘que ensina’, passa a ser no aluno ‘que aprende’. Do ponto de vista teórico, refere-se a concepções radicalmente transformadoras do questionamento até então a orientar os estudos sobre a aquisição da leitura e da escrita.
Resgatando a compreensão do sujeito cognitivo, o foco, hoje, está na criança como ser capaz de criar hipóteses, de testá-las e de elaborar sistemas interpretativos na busca de compreender o universo circundante.
Se anteriormente as estatísticas educacionais apontavam metade das crianças matriculadas nas escolas brasileiras como reprovadas na passgem da primeira para a segunda série, face a problemas de aprendizagem ora justificados em função de carência nutricional, ora como consequência de falta de estímulo intelectual, de ausência cultural, de transtornos psiconeurológicos; ou então por efeito de deficiência linguística; atualmente, a psicogênese da língua escrita descreve o processo pelo qual a escrita se constitui objeto de conhecimento para a criança, demonstrando que as restrições não são exclusivamente dos alunos, De fato, uma sinalização para se repensar o papel da escola e do ensino oferecido às crianças. Pois, existem deficiências ocultadas nos índices das estatísticas, diretamente relacionadas com a função escolar no ensino dos educandos.
Partindo da hipótese de que a aprendizagem da leitura e da escrita não se limita à sala de aula, e a criança inicia o seu processo de alfabetização muito antes de ingressar na instituição de ensino regular, a inovação é assumir a educação básica em uma abordagem mais ampla, deixando de ser uma questão exclusivamente pedagógica, dependente da utilização de um método preconcebido e atividades mecanicistas de treinos e memorização. Ela também se explica pelas variáveis sociais, culturais, políticas e psicolinguísticas.
Considerando-as, deve ser engendrado o sistema de construção da língua escrita, patenteado externamente pelas interações sociais e experiências do sujeito aprendiz com as práticas do ler e escrever, e internamente através dos conceitos formulados, subsidiados pela sucessão de contradições e conflitos cognitivos.
Durante muitos anos, a língua escrita foi compreendida como um código cujo funcionamento se esclarecia pela associação de fonemas e grafemas na formação de sílabas, palavras e frases, viabilizando a transposição da fala para o papel somente com o domínio da grafia das letras, combinando-as aos seus respectivos sons, e ajustando-as às regras da ortografia e de gramática.
Superando, todavia, a esfera do código, a atenção é dirigida à complexidade da escrita entendida como ‘sistema de representação’, admitindo-se que o simples domínio do processo não irá tornar o sujeito um “escritor” competente, porque, além disso, é indispensável a extensão de sua experiência e seus saberes até o reconhecimento da escrita na sua especificidade.
Ao lado dos princípios normativos que organizam o seu funcionamento, há uma imensa diversificação de configurações e funções inerentes ao uso da língua, a merecer valorização nas mais variáveis situações sociais de uso da escrita. Por efeito, longe de simplesmente colocar em prática os princípios de um código, o aprendiz acaba se envolvendo em procedimentos de reflexão e recriação linguística, imprimindo à própria linguagem outra forma, assentada nos seguintes primados: 'o que escrever', 'para que escrever', 'o gênero' e 'a estrutura da escrita', 'seus destinatários' e 'sua função social'. Afinal, na codificação, tanto os elementos como as relações já estão predeterminados, ao contrário de uma reinventada representação. Porque, sem hesitações, a invenção da escrita decorre de um processo histórico ao construir-se um sistema de representação, e não um processo de codificação.
(Caos Markus)
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
SÁBADO, 6 DE SETEMBRO DE 2014: "PERGUNTA"
Pergunta de um "nativista" a um revolucionário de esquerda:
Se recordares o teu primeiro beijo, apaixonado, "caliente", e dessa época lembrares da música guardada na memória; sinceramente, qual será a canção? A "Internacional Socialista", "Pra não dizer que não falei das flores"?
Ou algo como "Besame Mucho", "Love me Tender"?
Ora, camarada, faz eco no tempo o que toca o teu sentimento!
(Caos Markus)
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