REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
DOMINGO, 1 DE ABRIL DE 2012: "QUEIMANDO DINHEIRO"

QUEIMANDO DINHEIRO COM ANISTIA A DESMATADORES FLORESTAIS
Código Florestal deve anistiar 75% das multas milionárias
A aprovação do novo Código Florestal, prevista para esta semana, deve levar à suspensão de três em cada quatro multas acima de R$ 1 milhão impostas pelo Ibama por desmatamento ilegal.
Da lista atualizada das 150 maiores multas expedidas pelo órgão ambiental, 139 superam R$ 1 milhão. Dessas, 103 (ou pouco menos que 75%) serão suspensas se mantido na Câmara o texto do código aprovado no Senado. Depois, ele segue para a sanção da Presidência da República.
Pelo texto, serão perdoadas todas as multas aplicadas até 22 de julho de 2008, desde que seus responsáveis se cadastrem num programa de regularização ambiental. As punições aplicadas depois disso continuarão a valer.
As multas milionárias que devem ser anistiadas somam R$ 492 milhões (60% do total das multas acima de R$ 1 milhão) e se referem à destruição de 333 mil hectares de vegetação -equivalente a duas cidades de São Paulo.
QUANDO CONTADAS AS MULTAS DE TODOS OS VALORES, A ANISTIA CHEGA A R$ 8,4 BILHÕES.
A maioria das infrações milionárias foi aplicada pelo Ibama entre 2006 e 2008. Nenhuma foi paga até hoje.
Ao menos 48 desses produtores também respondem a processos judiciais por crimes contra o ambiente. A punição a esses crimes deverá ser extinta. Dez foram processados também por manter trabalhadores em condições análogas à de escravo.
A maior parte dos infratores é dona de fazendas e de empresas agropecuárias, mas há também ligados a madeireira, agroindústria, frigorifico, curtume, imobiliária e posto de gasolina.
Só os dez maiores desmatadores destruíram 98 mil hectares e receberam multas no valor de R$ 166 milhões.
O maior, Léo Andrade Gomes, do Pará, sofreu infrações que somam R$ 32,2 milhões. Derrubou 15 mil hectares de florestas, ou 150 km².
O ex-deputado federal Ernandes Amorim foi multado em R$ 2,4 milhões por danos ambientais numa área de 1.600 hectares.
A infração de maior valor da lista de 150, R$ 23,3 milhões, foi aplicada à agropecuária Santa Bárbara Xinguara, em São Félix do Xingu (PA), que tem o empresário Daniel Dantas como acionista e investidor. Mas essa não poderá ser perdoada porque a autuação ocorreu em 2010.
Auditores do Ibama e procuradores federais avaliam que A ANISTIA VAI ATRASAR AINDA MAIS OS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E JUDICIAIS, ALÉM DE SINALIZAR A IMPUNIDADE, ESTIMULANDO NOVOS CRIMES.
O PRESIDENTE DA FRENTE PARLAMENTAR DA AGROPECUÁRIA, DEPUTADO MOREIRA MENDES, DEFENDE O MODELO DE ANISTIA PROPOSTO.
Quem desmata não é bandido, afirma produtor
Tentativas de contato com os 10 maiores desmatadores restaram infrutíferas:a maioria estava incomunicável em suas fazendas. Não houve resposta aos recados deixados.
O produtor Mário Luiz Breda destruiu 8,3 mil hectares de floresta objeto de especial preservação, em janeiro de 2007, e recebeu três multas no valor de R$ 12,4 milhões.
Ele aguarda pela anistia e reclama do tratamento que a sua classe bem recebendo: "Não é porque a gente é desmatador que é bandido. Nós somos todos trabalhadores, mas viramos marginal da noite para o dia", diz.
Olivier Vieira recebeu multa de R$ 17,7 milhões por desmatar 3,5 mil hectares em São José do Xingu (MT), no Nordeste do Estado. Disse que não se lembrava: "Sou só um pequeno sócio nessa empresa. Não cuido dessa parte".
Décio Aquino Rosa desmatou 5,5 mil hectares em Cumaru do Norte (PA) e recebeu multas no total de R$ 15,1 milhões em 2007 e 2008. A União tenta recuperar R$ 19,9 milhões por via judicial. Na Justiça, disse que foi obrigado a desmatar porque a área estaria em "conflito agrário". A Santa Bárbara afirma que houve equívoco do Ibama na aplicação das multas. "Algumas se referem a áreas que sequer são da empresa, outras dizem respeito a áreas que, devidamente autorizadas, passaram pelo processo de limpezas de pasto", diz nota da empresa.
(copydesk, Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 30 DE MARÇO DE 2012: "DESCRIMINALIZANDO O CRIME"

QUINTA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2012: "PERNÓSTICO E PROGNÓSTICO EM PEDAGOGIA"

Merleau-Ponty define um clássico como sendo "aquele que ainda nos dá o que pensar".
Montaigne é um desses clássicos a nos fazer refletir sobre muitas coisas, dentre elas, os fundamentos de nossa pedagogia contemporânea.
Em capítulo de 'Ensaios', intitulado 'Pedantismo' (1580), duas idéias de Montaigne merecem destaque. A primeira, uma crítica ao modelo de ensino dos 'escolásticos', sobretudo, a 'valorização da palavra em detrimento das próprias coisas'. A segunda, uma referência a respeito dos fins da educação, mais destinada às disputas e vaidades humanas, muito menos voltada à formação da personalidade dotada de virtudes.
A problemática constata e questiona razões pelas quais a perspicácia não é vocação dos mais sábios.
Ora, no século XVI, instaura-se no meio acadêmico a controvérsia entre as palavras e as coisas.
Os partidários do ensino tradicional, à maneira escolástica (denominados "pedantes"), defendiam o estudo da Antiguidade, através do conhecimento de Platão, Aristóteles, Hesíodo, Homero, Hipócrates, voltando-se para as sete proeminentes 'artes liberais' (gramática, retórica, dialética; geometria, aritmética, astronomia e música).
Já os' humanistas' pleiteavam um ensino dirigido ao estudo da natureza, baseado na observação e experimentação das coisas. Contudo, não se tratava de postura a excluir os clássicos, mas sim integrá-los a novas fontes de conhecimento, como a literatura moderna (Cícero, Sêneca, Virgílio, Horácio), e a novos domínios do saber, observados na filosofia natural, na poesia, na pintura.
Os' humanistas', então, privilegiavam as coisas às palavras, ou pelo menos, as palavras ligadas às coisas. E nesse contexto, Montaigne dirige severas críticas ao 'pedantismo', ao saber inócuo dos doutos.
Ele repudia o homem que não pensa por si mesmo, criticando-os: "cuidamos das opiniões e do saber alheios e pronto; é preciso torná-los nossos".
Montaigne não abrevia a contundência dessa crítica, execrando aquele que não retira proveito da sabedoria adquirida: "nada ignoram da teoria, mas não acheis um que a possa pôr em prática". Por acréscimo, aduzia que da memória bem guarnecida, porém, desprovida de juízo e consciência, não somente se produz um saber vazio, contudo, também torna-se ela uma perigosa arma. Do tema, afirmou: "O saber não modifica nem melhora o estado de imperfeição; certamente seria preferível não adquiri-lo. É uma arma perigosa que embaraça e fere o dono, caso esteja em mão forte e lhe ignore a maneira de usar. Melhor, pois, seria não ter aprendido nada".
Nesse passo, mais importante do que bem pensar, é saber bem agir. Afinal, para quem não possui ciência do mérito, qualquer outra é prejudicial.
Não se trata, em absoluto, de recusar o saber. Entretanto, sim, de reconhecer que o saber, desprovido de inteligência, nenhum valor possui. E, pior, considerar que a recíproca não é verdadeira. O ideal, portanto, é desenvolver ambos simultaneamente, saber e inteligência. Em não sendo possível, ao menos desenvolver-se a inteligência.
Em resumo, nota-se em Montaigne sua criteriosa pedagogia, ao distinguir o pernóstico do prognóstico. O primeiro, sujeito 'estudado', é um douto. No segundo, há de se encontrar um 'ser educado'.
Cumpre indagar quem sabe melhor e não quem sabe mais.
Neste sentido, enquanto educação é dever de todos, o mesmo não ocorre com o estudo, posto não ser obrigação coletiva.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2012: "VOLÚPIA, A TRADUÇÃO DA JUSTIÇA"


O AMOR, FIEL TRADUÇÃO DA JUSTIÇA; HARMONIOSA EXPRESSÃO DO DIREITO; PLENITUDE DA SENSUALIDADE E ÁPICE DA VOLÚPIA; O AMOR, MESMO QUANDO GEOMETRICAMENTE TRIANGULAR; SEM NECESSIDADE DE NEXO CAUSAL, É LINDO!
CARTA DE AMOR É PUBLICADA NO DIÁRIO DA JUSTIÇA DA PARAÍBA (28/02/2012)
Uma carta de amor foi parar no Diário Oficial do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, que tem sua sede localizada na Paraíba. A edição do último dia 16 de fevereiro trouxe no lugar em que deveria constar o resultado de um processo a inusitada publicação que conta em detalhes o término do relacionamento de um casal.
Em nota enviada à imprensa, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho informou a abertura de processo administrativo disciplinar para a apuração da ocorrência pela Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar do TRT.
Informou também que a servidora que assina a publicação pediu exoneração do cargo em comissão que exercia e que o pedido foi atendido pela presidência. A edição do Diário Oficial com a publicação amorosa continua disponível no site do TRT.
A nota da assessoria frisa ainda que o teor da carta não revela a prática de nenhum ilícito, nem causou prejuízo às partes do processo, apenas fatos da vida pessoal da servidora, que não tem em seu histórico funcional nada que macule sua dignidade.
A carta relata o fim de um relacionamento provocado pela entrada de uma terceira pessoa. A mulher, que assina, se queixa do seu amante, relembra momentos vividos com ele e até revela que vai devolver um iphone que ganhou de presente.
A mulher não aceitou que o homem se envolvesse com uma outra mulher. Ela diz que já tinha aceitado ser amante dele em outra situação, mas não aceitaria o novo caso porque a da vez seria alguém próxima a ela. A autora, inclusive, diz que o 'amante' propôs ter as duas ao mesmo tempo.
“(...) sou romântica e idealista mesmo, e esse lado bem cru e realista da vida me deixa perplexa”, diz a mulher, insatisfeita em um dos últimos trechos.
Ao tomar conhecimento da inserção na 2ª Vara do Trabalho do Fórum de João Pessoa de uma carta com conteúdo amoroso na edição do Diário da Justiça Eletrônico (DJ-e), do dia 16 de Fevereiro de 2012, o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho decidiu pela imediata abertura de processo administrativo disciplinar para a apuração da ocorrência pela Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar do TRT.
(copydesk, Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 27 DE MARÇO DE 2012: "CÓDIGOS DAS SIGNIFICÂNCIAS"

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2012: "MÚLTIPLAS EXPANSÕES"

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