(Caos Markus)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
SÁBADO, 9 DE NOVEMBRO DE 2013: "INTOJEÇÕES EM INTERREGNOS"
Os valores têm sido estudados por
várias áreas do conhecimento humano, com os objetivos de predizer atitudes e
comportamentos das pessoas e para justificar o curso das ações tomadas. O
interesse pelos valores cresceu de forma acentuada, especialmente com o início de
pesquisas transculturais. No Brasil, há contribuições no estudo dos valores
morais e sociais, enfatizando a sua importância no julgamento moral e a sua
relação com as ideologias políticas e socioeconômicas. Alguns problemas,
contudo, afetaram o desenvolvimento da área de abordagem dos ‘valores’. A
palavra ‘valores’ é objeto de abusos, também prejudicando as pesquisas sobre
esta temática ao gerar contradições e incoerências em sua mais correta definição.
Além disso, mais aprimorado exame deste questionamento pode ser feito em
diferentes níveis, pois os sistemas sociais são compostos por múltiplos níveis:
sociedade, grupos e indivíduos. Assim, definir o seu conceito implica em
assumir a sua complexidade com relevância aliada à necessidade de identificação
do nível de análise. Teoricamente, os ‘valores’ são abordados em dois
níveis: o individual e o cultural. Os valores individuais são estruturas
cognitivas intrapsíquicas, podendo ser ‘pessoais’ e ‘sociais’. Em decorrência
desta observação, nota-se, os ‘valores pessoais’ se referem a princípios que
guiam a vida do indivíduo, enquanto os ‘sociais’ dizem respeito à percepção do
indivíduo sobre os princípios defendidos pelo grupo. Os ‘valores culturais’,
por seu turno, estabelecem crenças compartilhadas determinantes de formas de
‘comportamento apropriado’ em diversas situações, além de justificarem o motivo
das escolhas. Os valores pessoais são critérios ou metas
transcendentes a contextos pontuais, sendo ordenados por sua importância, e considerados
fundamentos conducentes da vida individual. São expressivos indicadores das
motivações presentes no caráter, na personalidade, apresentadas por estruturas
amplas e inclusivas. Para cada aspecto da vida (o trabalho, a religião, o
esporte e a política), os sujeitos, atores sociais, apresentam uma estrutura própria,
relacionada com a estrutura mais ampla. ‘Valores’ tanto estão relacionados à escolha
vocacional quanto se referem ao prognóstico de atitudes e condutas nos ambientes
de estudo e trabalho, como desempenho e comprometimento organizacional.
Frequentar e situar-se em ambientes onde as regras são genéricas, pressupõe a adaptação
do sujeito, internalizando (ao menos durante o tempo da sua permanência nesses
espaços contextualizados) as suas personalíssimas convicções, quando se pretende
aprovação alheia às ações que lhe são próprias. Esta atitude de ocasionais
introjeções não pode significar, contudo, a incorporação inconsciente de
preceitos, a ponto de a todo tempo, a qualquer tempo, e em todos os lugares, a
pessoa já não mais falar por si mesma, tornando-se limitada reprodutora da
generalidade de normas, válidas restritivamente, ou seja, apenas durante os
interregnos onde o ‘coletivo impessoal’ predomina sobre a ‘pessoalidade
individualizada’.
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