REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
SÁBADO, 2 DE MARÇO DE 2013: "JUIZ NÃO SE INTERESSA PELO JUSTO"
NOVO PRESIDENTE DO TST NÃO SE INTERESSA PELO 'JUSTO', APENAS ACHA QUE É UMA PESSOA IMPORTANTE, E QUE POR ISSO DEVE GANHAR MAIS
"EU GANHO POUCO MAIS DE R$ 15 MIL LÍQUIDOS (R$ 22 MIL BRUTOS). SE FALAREM QUE É MUITO, EU DIGO: PODE SER PARA VOCÊS QUE GANHAM SALÁRIO MÍNIMO, MAS PARA O QUE EU FAÇO E PELA MINHA IMPORTÂNCIA, ACHO POUCO. NÃO INTERESSA QUAL O VALOR JUSTO, EU GANHO POUCO, AFIRMO QUE GANHO POUCO."
'Juiz ganha pouco', afirma novo presidente do TST
Primeiro negro a ocupar a presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), cargo que assumirá em 5 de março, o mineiro Carlos Alberto Reis de Paula, de 68 anos, não foge de polêmicas. Ao afirmar que Justiça é investimento, e não despesa, diz que os servidores do Judiciário são muito bem remunerados, mas, segundo ele, o mesmo não ocorre com os juízes, diante das responsabilidades que os magistrados têm:
-A Justiça paga bem. Os servidores do Poder Judiciário são muito bem remunerados, só perdem para servidores do Poder Legislativo - afirma. - Juiz é bem remunerado, mas sofremos uma defasagem. Vamos ter um reajuste de 5%, como todo servidor.
Não temos reajuste há seis anos. Eu ganho pouco mais de R$ 15 mil líquidos (R$ 22 mil brutos). Se falarem que é muito, eu digo: pode ser para vocês que ganham salário mínimo, mas, para o que eu faço e pela minha importância, acho pouco. Não interessa qual o valor justo, eu ganho pouco, afirmo que ganho pouco.
Por outro lado, ataca os chamados penduricalhos.
-Esse negócio de penduricalho é o fim do mundo. Juiz não precisa de auxílio, juiz precisa receber um bom vencimento, digno, compatível com sua realidade e com o país que vivemos.
Amigo do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ele tem o costume de não falar sobre preconceito racial. Em poucas palavras, diz que o Brasil discrimina e lembra de episódio ocorrido em 1967, quando tinha 22 anos e foi barrado na porta de um baile de debutantes no interior de Minas, por causa da cor da pele.
-Estava no segundo ano do curso de Direito e fui com alguns amigos até essa cidade. O porteiro do clube foi rodeando, mas depois foi claro e disse que naquele tipo de festa os organizadores não deixavam entrar negros. Foi a forma de discriminação mais explícita que vivi. São águas passadas, meu filho- diz ele, logo mudando de assunto no quiosque à beira da piscina de sua casa, seu "cantinho de sossego", em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na companhia da segunda mulher, filhas e netos.
Um quase padre que queria ser procurador
Futuro presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Carlos Alberto Reis de Paula quis ser padre, mas entrou no mundo jurídico ao passar em primeiro lugar para o curso de Direito na Universidade Federal de Minas Gerais, em 1966. Na faculdade, foi “colega de farra de fim de semana” do compositor Fernando Brant, do Clube da Esquina.
Reis de Paula nasceu em 1945. Morou com os pais e os irmãos até os
15 anos. Cursou os antigos primário e ginásio em escolas públicas.
No fim da década de 50, mudou- se para o seminário da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em Belo Horizonte, onde permaneceu até 1965, um ano antes de passar no vestibular de Direito. Só abandonou a ideia da batina após ser convidado para estudar teologia em Roma.
Em 1979, entrou para a magistratura ao passar no concurso de juiz de trabalho substituto do TRT da 3ª Região, que englobava Minas, o Distrito Federal e Goiás. Um pouco antes, havia passado na prova teórica para o cargo de sua preferência: procurador da República. Como houve muita demora para a aplicação da prova oral, optou pela toga.
No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi nomeado ministro do TST, cargo que irá exercer até se aposentar compulsoriamente, após cumprir o biênio 2013/2015, quando completará 70 anos.
(Copydesk, Caos Markus)
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