A Igreja Católica é, por conveniência, criacionista; e, por superveniência, darwinista. Senão, vejamos.
Intransigente, ao defender a instituição 'Família', nos moldes tradicionais e ortodoxos, ela nada mais faz que imprimir status de dogma à 'consanguinidade', pretendendo preservá-lo através dos elos da sucessão genealógica entre ascendentes e descendentes.
Na esteira dos estudos darwinianos, é notório, felinos convivem entre si, equinos também interagem com os da mesma espécie, e assim por diante, em toda a fauna.
Todavia, raça é uma sub-espécie, ou seja, compreendem os animais da mesma espécie que apresentam raças diferentes, como acontece com os cães. Existem raças caninas que são tão diferentes a ponto de não ser possível um cruzamento de forma natural.
Geneticamente, porém, não há sub-espécies no gênero humano. O conceito de raças branca, amarela e negra é errôneo e ultrapassado. Hoje, a definição de 'raças humanas' é mais antropológica, obervada sob o aspecto da origem, apenas.
A concepção de 'humanos consanguíneos', defendida pela Catolicismo na sua apologia à família institucional, tão-somente representa o contrário, ou seja, por absoluta contradição aos estudos formulados por Charles Darwim, confirma o seu prevalecimento, acima da teoria criacionista.
Trata-se, então, de modelo cultural agregador de patrimônios; não conseguindo ocultar seu real objetivo -o de evitar a "dissipação" dos bens que sempre alimentaram a Igreja.
Não por menos, os axiomas desses cânones têm acentuada cumplicidade com as máximas do capitalismo, quer no pretérito (sob as diversas denominações, do mercantilismo ao monetarismo), quer no presente, sob a chancela de 'neoliberalismo'.
(Caos Markus)
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