REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
SÁBADO, 12 DE JANEIRO DE 2013: "A OVERDOSE DO ESTADO"
Na ausência de institucionalização de uma política de mudanças sociais que viabilize restituir ao homem a sua condição de 'objeto' e 'beneficiário' do desenvolvimento, no Brasil, inconsistentes projetos governamentais buscam sanar os problemas estruturais do país pela adoção de critérios paliativos, postergando reformas e investimentos que visem modificar as causas da nossa ruína ética e moral, para fixar organização que cuidam apenas das reais e cruciais consequências.
Acerca do aprimoramento dos 'recursos humanos', enquanto necessidade primordial à geração e utilização de mão-de-obra de alto nível, responsável pela formação e investimento de 'capital humano' nas estratégias do desenvolvimento, em termos econômicos, pode-se descrevê-lo como a acumulação de capital humano e seu investimento profícuo no progresso de uma economia. Em termos políticos, a expansão dos recursos humanos prepara o povo, tendo por meta a participação adulta nos processos políticos, particularmente como cidadão de uma democracia.
Dos pontos de vista social e cultural, o crescimento dos recursos humanos auxilia as pessoas a levarem vidas mais plenas e mais ricas, menos reduzidas à "tradição".
Não fizemos nada disso,salvo raríssimas exceções. Maquiamos o 'capital humano' instituindo um desenfreado processo de diplomação, através de um sem números de cursos desqualificados. E hoje pagamos o preço de necessitar da mão-de-obra especializada dos europeus, abalados em seu próprio capital financeiro, porém, ricos em conhecimento acumulado e consolidado.
Num país como o Brasil, em que mesmo a auto-educação através de leituras, contatos, cursos, palestras, debates, é prejudicada, muito pouco resta para subsidiar a terapêutica mais correta no combate à ignorância. Ignorância que abre outras portas: a da agravante do narcotráfico e da dependência perniciosa do uso de drogas, expressivamente.
Cá entre nós, as drogas como lenitivo às dores físicas e morais, ou como "fuga de problemas" de ordem tanto material como espiritual, revelam um desajuste social ambientado nas discrepâncias políticas e econômicas, muito pouco condizentes com o desenvolvimento do capital humano. Não por coincidência, entorpecente, juventude, delinquência e marginalidade social estão interligados.
Droga mata. Contudo, a droga que mata antes é o desproprósito governamental em eximir-se da responsabilidade pela ineficácia de um modelo jamais comprometido com a educação ampla e dirigida ao progresso individual e coletivo. Colhe-se agora o que há muito se plantou. E como não plantamos (governantes e governados) outra coisa senão a ignorância, e como mais nada mais foi fertilizado senão a corrupção, colhemos os nefastos efeitos da drogadição e do alcoolismo.
Esta é a nossa cultura, literalmente reduzida à pó.
Considerando que 'droga' é ainda sinônimo de 'malogro', 'fracasso', outras "drogas" estão matando o também jovem Brasil. Caminho curto para se chegar a uma nação fatalmente vitimada pela overdose de um Estado que se alimenta do holocausto do seu próprio povo.
(Caos Markus)
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