REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2012: "O COLOQUIAL E O ERUDITO"
A Semiologia ocupa-se com o estudo de signos, envolvendo, por efeito, a 'significância' e o 'significante'. Noutras palavras, os 'falares' e as formas como eles são formalizados (a escrita) expressam um 'pensar' que contém um conteúdo (a 'significância'). E o 'significante' é, por assim dizer, a decodificação desses registros.
A 'Linguagem', por consequência, é abordada pela 'Semiologia'.
Ao sofrer constantes transformações (por múltiplas razões; por exemplo, a influência de outros idiomas), os 'falares' vão deixando a sua originária dialética (daí, os 'dialetos'), e incorporando, miscigenando a linguagem de um povo.
A título de exemplo, a palavra "arriba", hispânica, ainda hoje é falada por pessoas de lugares mais interiorizados do Brasil. Aos indivíduos supostamente eduditos, isso é 'falar errado'. Contudo, sabemos, não é. "Arriba" ('para cima') até hoje faz parte do nosso vocabulário por conta da influência espanhola em nosso país. Afinal, durante 60 anos, o Brasil colonial esteve "subordinado" à Espanha, por força de um acordo com Portugal.
É indispensável refletir sobre a questão da constância com que a Linguagem é modificada. Um caso clássico: o Esperanto ainda existe. Nasceu do desejo de se criar um idioma universal, a partir, generalizadamente, da raíz de outras línguas. Entretanto, o Esperanto não consegue alcançar as transformações verificadas nos outros idiomas; por isso, não se firmou em seu pretendido caráter universalizante.
Importante, sim, é sinalizar o quanto há de discriminação dialética, onde o coloquial não significa necessariamente um reducionismo do vocabulário ou da própria Gramática. Afinal, muito do linguajar coloquial ganha, no decorrer do tempo, status de erudito.
(Caos Markus)
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