O aliado mais fecundo da contra-revolução é o "gangster" pseudo-revolucionário: preguiçoso para o trabalho, aberto a todos os vícios e carente de escrúpulos, quase sempre principia sendo um delinquente vulgar, até que num belo dia descobre, com satisfação ingênua, que as suas imoralidades podem ser encobertas sob a capa protetora dos "atos de reivindicação social".
Então o roubo, o crime, a delação, a chantagem, e quantos delitos possam ser imaginados, tomam nomes eufônicos, com a condição de que sejam cometidos em nome de tal ou qual organização político-social.
Homem de ação, sempre que essa ação seja para satisfazer os seus desejos mais primários, não tarda em impor-se onde quer que encontre gente pacífica.
Para ele a revolução não é mais que um breve lapso de tempo durante o qual pode dar impunemente vazão a todos os seus impulsos, alimentar todos os seus rancores e conquistar suas apetências materiais sem o risco da 'justiça social', a mesma que afirma defender e que contra ele próprio agiria, caso a esse tempo tivesse os órgãos adequados à sua efetiva função.
Considerado sob os parâmetros da psiquiatria, este tipo é algumas vezes um débil mental associal e outras vezes um esquizóide. Porém, pode tratar-se simplesmente de um perverso, isto é, de um indivíduo sem 'super-eu', desprovido de discernimento para avaliar o valor ético (e por isso, um pseudo-mililtante), é capaz tão-somente de levar um 'existência animal', estupidamente ególatra.
(Caos Markus)
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