VAI SOBRAR VAGA NAS COTAS SOCIAIS
ENSINO MÉDIO PIORA EM 9 ESTADOS
OS DADOS DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (Ideb) DE 2011, divulgados nesta terça-feira (13/8/12) pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que O DESEMPENHO DOS ESTUDANTES É PREOCUPANTE NO ENSINO MÉDIO, ONDE NOVE ESTADOS APRESENTARAM RESULTADO INFERIOR AO ALCANÇADO EM 2009, último ano de levantamento.
A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2007, com dados contabilizados a partir de 2005, e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: o rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho nas avaliações da pasta (Prova Brasil e Saeb).
OS EXAMES AVALIAM O CONHECIMENTO DOS ALUNOS EM LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e NO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO.
Nos anos iniciais, a média nacional no exame - que vai de zero a 10 - atingiu um índice igual a 5, superando a meta proposta pelo MEC que era de 4,6.
Norte e Nordeste, por exemplo, têm metas inferiores aos Estados do Sul e Sudeste.
Nos anos finais do ensino fundamental, a média nacional ficou em 4,1, superando a estimativa em 0,2 pontos.
No entanto, SETE ESTADOS NÃO CUMPRIRAM SUAS METAS específicas: Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
NO ENSINO MÉDIO, O BRASIL ESTÁ PRATICAMENTE ESTAGNADO DESDE 2009, quando cresceu apenas 0,1 ponto em relação a 2007.
O Ideb caiu em relação ao desempenho alcançado em 2009 nos Estados de Acre (passou de 3,5 em 2009 para 3,4 em 2011), Pará (de 3,1 para 2,8), Maranhão (de 3,2 para 3,1), Paraíba (de 3,4 para 3,3), Alagoas (de 3,1 para 2,9), Bahia (de 3,3 para 3,2), Espírito Santo (de 3,8 para 3,6), Paraná (de 4,2 para 4) e Rio Grande do Sul (de 3,9 para 3,7).
De acordo com um especialista em educação, ex-presidente do Inep, OS DADOS DO IDEB AO LONGO DOS ANOS MOSTRAM A DIFICULDADE DE SE AVANÇAR NO ENSINO MÉDIO.
A prova disso é que o mesmo desempenho, de 0,4 pontos, observado desde 2005 nas séries iniciais, não é acompanhado nas séries finais, quando o avanço cai para 0,2 pontos.
O ensino médio enfrenta diversos desafios, como elevados índices de abandono e um fluxo de alunos que antes abandonavam os estudos já nas séries iniciais.
O objetivo estabelecido pelo MEC quando criou o Ideb foi que todas as escolas atinjam níveis educacionais de países desenvolvidos até o ano de 2022.
As metas para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) é chegar a 6 pontos. Já para os estudantes dos anos finais (6º ao 9º ano) é de 5,5 pontos e para o ensino médio é de 5,2 pontos.
Onde o desempenho é muito ruim, há mais espaço para crescimento, mas depois que se chega em níveis mais levados, fica mais difícil aumentar.
O Ideb não é um indicador como o PIB (Produto Interno Bruto), que leva em conta o crescimento da economia todos os anos. Pode-se fazer uma comparação com o Pisa (avaliação internacional do desempenho da educação), onde os países ricos mantém a mesma média.
Diante desse quadro geral, é de se esperar, VAI SOBRAR VAGA NOS 50% DAS COTAS SOCIAIS EM UNIVERSIDADES FEDERAIS.
(copydesk, Caos Markus)
Um comentário:
Marcus, meu nome é Sheila Fernanda e achei sua crítica de grande valia para minha dissertação do mestrado. meu tema está relacionado ao ENEM o que você tem a relatar sobre o ENEM e suas formulações a cerca do quantitativo da média nacional?
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