Voz ancestral leva-me ao estranho hábito de nas entranhas buscar mais sólido habitat.
Antes uma 'ilha', eu convivi.
Houve 'arquipélago' nas necessárias utopias.
O humano, todavia, já então desapegado do ser
-agora quase reminiscência revolucionária-,
trilha atavismo inimaginável em Darwin,
possível em Marx,
passivo em Freud,
absurdo em Kafka,
provável em Artaud.
Por isso a minha gruta.
Porque sem consenso qualquer luta.
E cá dentro, vou até aonde posso,
que é onde eu quero.
"Aluvião"... Nunca mais!
A minha prole é todo um continente.
Alcanço milhas na viagem tranquila
das idades que perpassam as gerações.
Assim, sou feliz na casa do pai,
que tem várias moradas.
Mas vem comigo,
pedra sobre pedra
mirar do alto desta rocha
"mil séculos vos contemplam" !
Na minha oportuna idade,
eis a momentânea felicidade,
sempre que me reconheço nas pessoas
que comigo compartilham essa Família.
(Caos Markus)
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