Defende Santo Tomás de Aquino, cada homem deve possuir um 'intelecto agente' e um 'intelecto possível', que, juntos, constituirão a sua 'alma individual', 'a forma de seu corpo'.
Por efeito, só a individualidade da alma faz conceber o homem como dono dos seus próprios atos. A responsabilidade, pois, será sempre individual.
Daí, definir a 'perfeição' ainda não implica na sua existência. Porque 'definição' é uma ideia, e nada garante realidade a essa ideia. O ponto de partida, então, é o mundo sensível, percebido pelos sentidos. Estes indicam o mundo dotado de movimento. Contudo, nada se move por si mesmo. Por consequência, a origem do movimento deve ser causada. E se não se pretender estender a série das causas ao infinito (o que não explicaria o movimento presente), é preciso admitir uma causa absolutamente imóvel e primeira.
O mesmo raciocínio valerá para a 'causa' em geral. As coisas são ou causa ou efeito de outras, não sendo possível ser causa e efeito ao mesmo tempo.
Deverá, portanto, haver ou uma sucessão infinita de causas (o que seria um absurdo), ou uma causa absolutamente primária e não 'causada'.
(Caos Markus)
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