Contemporaneamente, a partir de investigações sobre a família institucional, compreendemos a perda de sentido da antiga 'autoridade familiar', num espaço cuja regulação suprema é fixada na competência (técnica) individual, condição a suprimir os pais como fontes seguras de orientação para se lidar com o mundo externo. São criadas, portanto, novas formas de 'consciência' e, por efeito, inéditas expressões psicopatológicas.
Uma outra 'força' superou a autoridade da família nuclear. No lugar da palavra dos pais, presente, hoje, o discurso 'fascinante' da "organização", qual seja, o Estado associado à grande empresa.
O processo não é assim tão aparente, do ponto de vista institucional. E de pilar da sociedade, a família, nesse discurso, passa a ser o 'lugar' onde ela própria corre o risco frequente de se desfazer.
O seu convencional padrão, substituído pela 'família liberal avançada', transforma-se em simples imagem, e mesmo discursivamente apoiada em textos escolares, na imprensa, pela Igreja, parece ser reflexo de inevitável morte do modelo.
O indivíduo, e não a individuação, adquire 'status' de superioridade, outorga que se lhe é concedida tão-somente em razão das conveniências do Estado, a quem de fato interessa a desagregação.
(Caos Markus)
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