Nem o aparato da mídia nem a "Torre de Babel" instalados entre nós brasileiros, por ocasião de campanhas eleitorais, poderão fazer mais que disfarçar o novo figurino de uma antiga, mas sempre em voga, prática.
Um olhar mais atento à performance de candidatos proclamadores de governos onde o representado supostamente será co-partícipe das decisões da cúpula dirigente, é hoje mais ainda necessário que outrora; obrigação a quem, por ingenuidade, ainda possa acreditar no fim do"coronelismo".
Vestidos com roupas do brechó da história, contemporaneamente, não faltam candidatos, desfilando no samba enredo do 'novo', mal escondendo a fantasia da indumentária utilizada no discurso da sonhada 'hora dos excluídos no poder'.
Portadores dos sistemas hipoteticamente revolucionários de governar, se por um lado insinuam desafiar o Imperialismo (até sob a promessa de rompimento da 'democracia
representativa', substituindo-a então pela obscura 'social-democracia-participativa'); por outro lado, esses intrépidos homens, próceres das coligações de forças de 'esquerda-centro-centrípeta-centrífuga' , nem fazem e nem desocupam a moita.
Sem o destemor indispensável aos descrentes em qualquer forma de governo, e por isso desprovidos da convicção dos anarquistas (firmada no reconhecimento da única possibilidade de efetiva transformação social, sob o lema "Coordenação e Trabalho"); contudo (ainda bradando, como se anarquistas fossem), agem estes atuais oligarcas (tanto os 'burgueses' já detentores do "capital-erário" acumulado, quanto os neófitos da 'plebe rude') pela "práxis-prática" da sua sofismável contradição. Ou seja, permutam votos do incauto eleitorado com quinquilharias do 'quarto de despejo do poder', algo aqui habitual, desde Cabral na Ilha de Vera Cruz.
Santa Cruz! Que terra esta, tão Tordesilhas...!
(Caos Markus)
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