Afastados os critérios histórico, filosófico e sociológico na compreeensão do Estado, ressalta-se o seu aspecto político. Neste ponto, impõe-se questionar o que é Política.
Se por Política entende-se "a ciência do governo do povo, do Estado, da sociedade", infere-se a sua abrangência em dois termos, o científico e o artístico. Enquanto ciência, há de buscar os mesmos princípios sociológicos e filosóficos do Estado. Como arte, investigará a conveniência ou necessidade no âmbito da realização do bem público.
Duas abordagens, portanto, dos elementos políticos-estruturais do Estado; dois campos delimitados, o da 'política científica' e o da 'política artística'. Somados, resultam em novo aspecto à visão do Estado, de qual deve ser a atuação do governo e a do povo, como determinantes, no plano político, dos respectivos meios de agir, de executar, já que os princípios regem os meios artísticos, e a arte, propriamente dita, os meios de atuação, à semelhança de um pintor que para executar em sua tela essa ou aquela imagem, precisa ter meios para o fazer; ou seja, a sua arte necessita ter ciência.
Aliás, sob tais considerações, comprova-se, o homem jamais caminha em sua trajetória na terra se não for guiado por princípios, norteado por uma concepção de vida, dirigido por uma filosofia.
Afinal, se a metafísica é reconhecida como de grande valor para as denominadas "ciências exatas", assim também os atos humanos, igualmente a moral, são todos de extrema importância ao homem, que sem eles não poderá dar um passo sequer, prejudicado na ausência de uma 'filosofia', interpretada esta como ciência de causas primeiras, perenes, indicadoras da mesma eternização observadas nas "partes" científicas. Tudo no prévio conhecimento de que em suas outras "seções" tanto a 'filosofia' como a 'Moral' serão de expressivo interesse na pesquisa da origem e do desenvolvimento do Estado. Pois, a 'Moral' é eterna, imutáveis seus princípios.
Mudam-se os costumes, não a Moral.
Hoje, a Política, face à extrema mudança no seu exercício (inspirado sob a prática de bizarros costumes), é desprezada pelo povo, que a repele por uma suposta falta de seriedade. Contudo, o real desprezo não se dirige à Politica, mas sim a toda sorte de reflexos do que ela nunca foi, não é e sequer será algum dia.
(Caos Markus)
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