A estratificação da sociedade é responsável pela necessidade de escolas como algo indispensável. Por isso, a instituição escolar assumiu a função instrumental de imobilização da própria vida, através da desestimulação da criatividade, relegando a plano secundário o encargo de reequilíbrio permanente. Entretanto, há que se destacar, o homem é um ser em trânsito, e não uma realidade terminada. E, com efeito, educar não pode ser confinamento em estreitos limites da reprodução de modelo previamente estabelecido. Ao contrário, a verdadeira educação será aquela voltada à construção de um novo homem, ambientado na progressão do seu destino evolutivo. Assim, ao educador não se admite descobrir as variáveis desse processo. Não pode ele antecipar a forma da construção, visto que evolução não é uma fatalidade determinada, mas, sim, um sistema de probabilidades. O educador, então, ou acelera ou diminui a marcha da progressão. Contudo, não poderá limitar, sem o imenso prejuízo do empobrecimento, as possibilidades criativas inerentes, originariamente, ao ser humano. O educador é partícipe da elaboração criativa, mas não impõe soluções, vez que cada homem é, per si, infinito conjunto de probabilidades. Cabe, pois, ao educador recolocar o ser humano em sua diretriz evolutiva histórica. Facilitar a criação, eis a sua tarefa.
(Caos Markus)
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