Esta é para quem acredita que tudo é muito sério, que nada é mentira; que só ouvimos e, por isso, devemos repetir verdades sabidas e jamais contestáveis. Esta se trata de uma apologia do 'eu' que mora em cada um de nós. Mas que via de regra tem de pagar a senhorios vários alto preço, a fim de se dar bem nesse condomínio alcunhado 'sociedade civil organizada'. A desordem sou eu quem faço nos meus domínios. A (des) organização sou eu quem construo a cada passo, nos caminhos que desfaço. Porque posso! Porque quero! A sua vida não é mais que a minha. Não sou mais que você na devida proporção das minhas construções, habitáveis quando nelas a minha alma se aloja. Afinal, onde esteve você quando imaginávamos decidir aonde ir ?! Deus lhe pague só aquilo e quanto eu não lhe devo. Assim, quem sabe, você se (des)cobre desse metal que lhe (en)cobre. E por fim, possa ver o quão pobre tem sido essa idéia geral de que 'é melhor pouco do que nada'. Tudo eu quero. Porque nada quero de tudo o quê você possa querer. Você, aliás, nunca quer nada. Só quer tudo o quê disseram que deva querer. Bom para mim, já que nem preciso saber se de fato isso é deveras bom. Bem certo eu estou de querer, apenas, ser feliz. Porque isso é passageiro, enquanto 'pretender' é 'tender' antes, na idéia que se faz indício; no início -sempre- do que não tem mesmo fim algum. Ora, definitivamente, por pura questão de maior incoerência; contraditoriamente; peço-lhe não crer numa só palavra das tantas que você ouvirá ainda. De mim, de outros e, pode ser, até palavras suas. Da mesma maneira - rogo-lhe - faça então como eu faço: levante a taça do saber e vire-a. Você verá porque foi tão fácil erguê-la.
(Caos Markus)
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