Eu estou assustado.
A ambiguidade, minha companhia, divide-me:
sou abismo em mim mesmo -as dúvidas do inexorável.
Tudo ilógico e absurdo, não decifro os códigos
da alma itinerante (viagem nos tempos de 'estar').
Resgatar o tempo e recuperá-lo, no instante em que
ele tragou a felicidade, isso é impossível. A utopia!
Viver é perigoso quando pretérito e futuro
estão presentes, lado a lado, dia-a-dia.
Procurar o Deus perdido é confrontação com o absoluto:
o caos permanente, o sofrimento latente
na perene trama do desenlace fatal.
Voltar às origens quando não se sabe o caminho
é viajar às cegas, mais andarilho que peregrino,
mais instinto que razão.
Voltar: ideia futurista.
(Caos Markus)
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