Vivemos em uma era onde os requintes das abstrações contrastam veementemente com situações concretas, desprestigiando mesmo o direito, a justiça e a lei, descaracterizando o sentido original da proposta inicial. Muitos são os casos da mais pura manipulação, em que buscam as elites o predomínio pela centralização, arvorando-se defensoras de direitos alheios que, assim "acreditam", dever zelar; porque entendem-se mais e melhor preparadas.
Tais oligarquias, no afã tudo de conquistar, instrumentalizam o "markenting" a serviço de suas ideologias, ou mesmo da falta delas. Assim, instituem-se e extinguem-se órgãos, ministérios, secretarias, conselhos. Ao sabor da conveniência de se lançar no mercado aquela ou essa, a menor ou maior estratégia de consumo de determinada idéia. Para se adquirir credibilidade junto aos consumidores, a precaução de se elaborar definições com substrato legal, respaldadas num localizado contexto sócio-econômico. Sob o aspecto formal, disseminam como legítimas aspirações nem sempre fundadas na reciprocidade, mas, sim, unilaterais; mais fruto do condicionamento próprio às campanhas publicitárias, cujo objetivo é invariavelmente o de estimular o crescimento de uma grande maioria passiva.
Essa arquitetura conhece do engendrado, antes de qualquer outra coisa, o bom amálgama resultante dessa mesma passividade .
Por isso, e não por qualquer outra razão, constrói a destruição.
(Marcus Moreira Machado)
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