Quando se tem por certa a premissa de que "os fins justificam os meios", nenhuma dúvida haverá de que uma simples preposição jamais passará de mera hipótese. Porque "a verdade dôa a quem doer" nunca é base justificável para 'chagas abertas' em nome da 'cura'. Isso, em ocorrendo na política, é o mesmo que defender a eutanásia como o melhor remédio ao restabelecimento da saúde.
Ainda que sob o critério do joio de um lado e o trigo à parte, qual pessoa pode sinceramente representar o 'bem' a ponto de personificá-lo em si própria? E quem condenável é no 'mal', por aquele que -defensor de 'bem' incerto- credita a essa indeterminada tutela o rito da violência predeterminada?
Trocando em miúdos, em nome do 'bem', nada a ele é contrário? Inclusive o 'mal'? E, visceralmente, quem foi que disse que na esquerda 'jacobina' mora o 'bem' e na direita reside o 'mal'?
Muito perigosamente, quando o 'bem' é apregoado pelos maus a fim de declarar guerra ao 'mal', eis que (nem à esquerda nem à direita) restam apenas homens dependentes do norte da bússola política desviada pelo imã do "carisma". E, atraiçoados, de sobra, a estes homens todos os meios empregados para os fins já perdidos no caminho.
É quando a violência do "mocinho" revela-se exatamente o quê ela é: violência!
É quando, então, Gertrud Stein não mais declama "uma rosa é uma rosa é uma rosa..."; porém, ouvimos lamentos de que espinhos não são promessa de flores no campo. Por isso... por que não a séria advertência, "olhai os lírios do campo"?!
Esquerda, volver! Arriba, muchachos! Acima é que a razão está. Acima de nós que abaixo nos quedamos, sempre que, por omissão na ação ou na reação, do 'omitir-se' fazemos o nosso juízo. Porque, caminhando e cantando, em meio a tanto desencanto, braço forte ergue cada um à luta, já que duro e presto é o golpe, sempre que do 'bem' "há uma grande distância entre intenção e gesto".(Marcus Moreira Machado)
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