Sendo o psicopata essencialmente um desaptado à vida social, possui já um fator predisponente para "sentir", mais do que o resto dos mortais, a 'Revolução'.
Insensivelmente, ele procura os extremos como linha de sua conduta na sociedade e, por isso, pode incorporar-se com maior facilidade às organizações revolucionárias ou contra-revolucionárias.
O psicopata com tendências reprimidas, particularmente, sente-se em tais momentos impelidos à atuação particular. Com ela, de um lado, satisfaz seus desejos exibicionistas; e de outro, descarrega seu potencial sádico-masoquista.
Tanto em organizações fascistas como nas marxistas e anarquistas -ou seja, nos grupos que postulam os métodos de ação como remédio à crise social- destaca-se com particular frequência este tipo ressentido. Desde logo, ele pode ser confundido com o verdadeiro revolucionário, vez que esse último requer para isto a prévia saturação do seu impulso; enquanto aquele outro, ao contrário, propende a buscar por todos os meios uma compensação à sua falta de satisfação erótica propriamente dita.
Enfim, são indivíduos que menos se enquadram no marco de uma realização ideológica, do que -de fato- almejam a oportunidade de atender parcialmente à satisfação de sua libido.
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