REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
QUARTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2014: "MESQUINHEZ"
Eu sou amplamente favorável à
AUTODESRECRIMINAÇÃO: ninguém deve sujeitar-se a críticas amargas cujo único propósito é, através da mesquinhez, da chantagem emocional, transferir a culpa do egocêntrico, incapaz de assumir suas próprias frustrações.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2014: "OBJETO NA ATEMPORALIDADE"
Existe uma forte conexão entre o conhecimento e o ensino. O conhecer é o modo de adquirir informações sobre tudo o que quiser e puder compreender e o ensino é transferir esse conhecimento possibilitando ao receptor captar com clareza as informações transmitidas. O conhecimento fornece diversas formas de aprendizado e saber, todavia, a influência no público receptor das mensagens, junto às características do contexto social em que os processos se realizam, proporciona o exercício de um efeito diferenciado nas instituições de ensino. O processo educativo está sempre sujeito a variações, ora de forma antiquada, ora de forma moderna.
Tem-se percebido, alguns estabelecimentos de ensino mais enfatizam a forma contextualizada de algumas disciplinas, com educadores mais conscientizados aos tipos de métodos que possam ser utilizados para um melhor aproveitamento.
São questionamentos presentes entre alguns educadores, principalmente na disciplina da língua portuguesa, apreensivos com a forma de assimilação dos alunos, como captam o conteúdo programático adotado pela instituição escolar.
Constata-se o receio relacionado aos educadores e, por efeito, também, aos coordenadores escolares, ainda cometendo os erros passados, sem se importarem com o conhecimento propriamente dito, com a contemporaneidade, ignorando que os jovens de hoje não são mais aqueles do século passado, das décadas de 70, 80, quando o aluno era obrigado a decorar, entre outras disciplinas, a tabuada ensinada na matemática, e os conceitos estabelecidos na gramática, mas sem saber como usá-los.
Falta valorizar o conhecimento adquirido pelo ser humano, durante a sua formação, o seu dia-a-dia. Ao iniciar o ensino médio, o aluno não consegue se expressar de forma correta, escrever textos com coerência, usar a gramática, aprendida no ensino fundamental, nas elaborações de redações, entender o conteúdo de um texto, fazer uma boa leitura, além de apenas gostar de ler.
Esse ser humano, quando já dotado de conhecimentos da língua e da escrita, passa pelo ensino fundamental, onde lhe são ensinados regras necessárias às construções de seus textos, formais ou informais, aos modos de falar, de conceituar termos gramaticais ou matemáticos. Entretanto, o maior temor, enquanto aluno integrado ao meio, objetivando o seu futuro, uma faculdade, um emprego, uma formação técnica, é não encontrar formas de integrar as informações que lhes são apresentadas durante o ensino, desde o fundamental médio. A falta da contextualização ou de integração entre as disciplinas, é obstáculo à preparação dos discentes para o futuro almejado. E assim, nem linearidade nem transdisciplinaridade, ausente a comunicação educativa para aproximá-las, o sujeito da aprendizagem, como a viver na atemporalidade, torna-se objeto, número de duvidosas estatísticas oficiais.
(Caos Markus)
domingo, 16 de fevereiro de 2014
SEGUNDA-FEIRA, 17 DE MARÇO DE 2014: "PREMISSAS DA AÇÃO"
O conceito de representação social dos mitos, da ciência e da ideologia confronta-se com os pressupostos de natureza psicológica que lhe são habitualmente associados, como os de ‘opinião, atitude e imagem’. Basicamente, essas concepções são afirmadas na hipótese da existência de um estímulo externo, correlacionado à resposta individual. Contudo, nas representações sociais, o princípio é o da inexistência de separação entre o universo externo e o universo interno da pessoa, ou seja, em sua atividade representativa, o indivíduo não reproduz passivamente um determinado objeto, mas o reconstrói, constituindo-se então como sujeito, pois, ao apreendê-lo, ele próprio se situa no universo social e material, confirmando as representações sociais (as opiniões e as atitudes) como premissas da ação, pois são reconstituídos os elementos do ambiente no qual o comportamento terá lugar, integrando-o a uma rede de relações às quais está vinculado o seu objeto.
(Caos Markus)
DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014: "DE HOMENS PARA HOMENS"
A obediente veneração tem caracterizado a relação da sociedade com os meios de comunicação. E adoração significa tanto submeter-se sem questionamento, a partir de determinados dogmas, quanto temer os meios. Essa inclusive, é outra forma de conferir a tais meios um largo espaço em nossas vidas, a ponto de gastarmos muito tempo de nossas preocupações maldizendo-os, negando-os, enxergando-os como a grande magia atual. Desde a falta de empregos à banalização da nudez, criando, portanto, uma sociedade dita sem valores; das eleições manipuladas à prática da violência. Por todas as desonras, enfim, eles têm sido responsabilizados. Incorporados ao convívio social, os meios de comunicação atraem para si a culpabilidade de todos os males, porém, de forma pontual, pois estes são arrolados um a um, como se não formassem um conjunto, uma totalidade. Por algum tempo, fala-se só da nudez; em outro, apenas da manipulação eleitoral. Com isso, deixam-se de lado discussões absolutamente indispensáveis para entendê-los e, ao final, certamente modificá-los. O papel do Estado na chamada modernidade; os direitos dos cidadãos ou a própria conceituação de cidadania; como os meios de comunicação aparecem neste projeto de Estado e qual deve ser seu papel na formação de homens não somente cientes dos seus direitos, mas aptos a reivindicá-los; são questionamentos ordinariamente não formulados nem refletidos. Na verdade, os meios de comunicação precisam ser observados sem a aura de virtuosismo. É necessária a consciência de que eles não passam de instrumentos a serviço de políticas causadoras de malefícios e/ou benefícios à sociedade, deixando, assim, de ser considerados algo próximo ao sobrenatural para então, sob a ótica da realidade, identificarem-se como construídos e sustentados por seres humanos. Afinal, são objetos manipuláveis, orientados e transformados pelo coletivo de seus usuários. É indispensável recusar a divinização desses meios, invertendo-se-lhes o sentido, e transformando a reverência num olhar dono de si mesmo, livre e soberano diante das propostas midiáticas. A soberania desse novo olhar qualifica o cidadão, habilitando-o a repensar o resultado das concepções de Estado. Logo, impõe-se acrescentar à pauta das discussões acerca dos meios de comunicação o debate sobre qual é a sociedade desejável, como o Estado deverá atuar para garantir os direitos básicos da cidadania irrestrita, e aí incluído, sim, o papel dos meios; tudo resultando em um diálogo de homens para homens.
(Caos Markus)
SÁBADO, 15 DE MARÇO DE 2014: "COMUNICANDO A CONSCIÊNCIA"
A produção de ideias, de representações e da consciência está, em primeiro lugar, direta e intimamente ligada à atividade de geração e comércio de bens de consumo entre os homens. Esta é a linguagem da vida real. A consciência não é a determinante da vida, mas sim a vida é quem demarca a consciência. Isso não significa que o homem crie suas representações mecanicamente, pois sua crença, seu conhecimento e seu modo de pensar sofrem interferência também das ideias (representações) previamente elaboradas. E ao mesmo tempo, as novas concepções ocasionam mudanças, proporcionando a recriação da sua existência. A evolução humana e o desenvolvimento da sua história não dependem de um único fator; ocorrem a partir das necessidades materiais. Estas, bem como a forma de satisfazê-las; considerados também os padrões de relacionamento para consumar metas; observadas ainda as compreensões multiplicadas, sem ignorar o próprio homem inserido na natureza circundante; são interdependentes, constituindo uma rede de interferências recíprocas. Daí decorre ser infinita a sequência contínua de mutações, onde o ser humano se (re) produz. Nessa multideterminação envolvendo inter-relações e intervenções mútuas entre idealizações e condições materiais, a base econômica será sempre causa fundamental. As circunstâncias econômicas em sistemas sociais baseados na propriedade privada resultam em grupos cujos interesses são conflitantes, com possibilidades diferentes no interior da sociedade, ou seja, acarretam distinções entre segmentos. Em qualquer organização marcada por antagônicos objetivos, as percepções refletem esses contrastes. E, embora predominem as representativas das especificidades do grupo preponderante, uma vez possibilitada a manifestação de expressões da realidade contrária, confirma-se a plausibilidade transformadora presente na sociedade. Portanto, é de se esperar, em um certo momento, há significações diversificadas e opostas do mundo. Hoje, por exemplo, tanto os conteúdos políticos correspondentes à conservação das condições existentes quanto os voltados à sua supressão, correlacionam-se a interesses próprios de diversificadas classes sociais. Dentre as ideias concebidas pelo homem, parte delas constitui o conhecimento referente ao mundo. Em suas múltiplas modalidades (senso comum, cientifico, teológico, filosófico, estético), o conhecimento humano exprime condições materiais de uma pontual época histórica. Uma das formas desse saber, a ciência é delimitada pelas carências materiais ao longo da sua trajetória, ao mesmo tempo nela intervindo. O progresso científico não é, pois, prerrogativa do homem contemporâneo, mas sim a marca comum da pluralidade de situações no evoluir da sua construção. Em concomitância, a bilateralidade atua como fonte originária de pensamentos e explicações, gerando outras reais disposições e ordenamentos, reflexos da ruptura ocorrida pela transposição racional dos mais recentes referenciais, buscando superar a ilusão, o ignorado e o imediato, almejando compreender as normas gerais regentes dos novos fenômenos.
Enquanto tentativa de explicar a realidade, a ciência identifica-se como uma atividade metódica que, ao se propor conhecer esta mesma realidade, busca atingir sua meta por meio de ações passíveis de serem reproduzidas. Por isso, a ciência moderna é síntese de teses (hipóteses comprovadas) articuladas, não necessariamente verdadeiras, onde a comunicação as tornará comum a dois ou múltiplos sujeitos, por ação multilateral e por meios diversos, abrangendo codificação, transmissão ou deslocamento.
Por efeito, não se faz necessária qualquer veemente argumentação a fim de reconhecer na comunicação o meio de a consciência ampliar-se, atingindo o seu máximo grau, o da conscientização operada pela ideação.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2014: "REDUTO"
Sob a égide de uma proposta modernista, do avanço tecnológico e do progresso, a ciência assume o seu papel de espaço fechado e incontestável e guardiã dos saberes, reservando para si o direito de dizer a verdade absoluta sobre as coisas. Atende, dessa forma, a interesses políticos e econômicos bastante claros no universo onde o capital é quem dita as normas.
Sob este aspecto, suspender os valores tidos como princípios da sociedade capitalista pós-moderna consiste em hediondo crime contra o sistema; e aqueles que o fizerem deverão ser punidos, assim como manda a lei dos mais fortes. Neste sentido, a loucura transforma-se num reduto para todos cuja sanidade não parece ser a referência, o gueto dos discordantes.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2014: "ESCOMBROS"
A quem interessa produzir toda uma classe de homens domesticados?
Trata-se de opor, aos que criam o homem para ser pequeno, o projeto de criá-lo para ser grande: a construção da ponte para o além-do-homem.
A proposta exige, pelo menos parcialmente, um processo de desinibição para neutralizar os mecanismos sociais repressivos, historicamente utilizados para submeter os fracos aos interesses dos fortes.
Parece haver nas práticas genéticas, no entanto, um reforço aos impulsos inibidores que os meios tradicionais de educação não mais conseguem gerar em proporção suficiente para se opor ao crescente embrutecimento da sociedade de massas, submetida a uma onda cultural desinibidora sem precedentes, pelos meios de divulgação da indústria de entretenimentos.
A ponte da oposição, nota-se, é demolida todos os dias, em permanente desafio a quem, ciente da sua valiosa importância, busca reerguê-la dos escombros.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2014: "LUGAR"
Só a consciência da pessoal participação no infinito partilhado poderá assegurar a cada um o seu lugar no universo.
A individualidade não se universaliza na breve finitude do individualismo.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2014: "VERSÃO"
Na vida não há sistema, uma história fragmentada, apenas; sem reminiscência ou identitária experiência entre razão e realidade. Narrativa, somente, dos intervalos entre sujeito e objeto: o conteúdo do silêncio à busca de tradução no intérprete retórico.
Artífice da sua linguagem, ei-la, a eloquência, vívida mesmo na duvidosa versão.
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE MARÇO DE 2014: "DECISÃO"
Escolhendo a loucura do caos, há pessoas a quem cabe decidir sobre o universo fragmentado.
E cada um delas, como um deus no gênesis, admite a ansiedade, utilizando-a para modelar a desordem, no prazer estimulante da criatividade.
(Caos Markus)
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