REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
DOMINGO, 27 DE JANEIRO DE 2013: "CHACINAS E PORCOS"
Conhecedores da origem do mundo e do homem, narrada no primeiro livro da Bíblia, e certos de que o ser humano não principiou a sua existência sob a rude e primária forma de um porco, colocamos em dúvida a veracidade dos extermínios ora verificados pelo país afora como expressões de verdadeiras chacinas. Nem mesmo em sentido figurado, já que o vocábulo 'chacina' é derivado da palavra 'chacim', ou seja, 'porco'.
O que se nos parece é figurar nesses movimento assoladores a mais completa ruína, só verificada na mais pura tradução dos genocídios. Pois, não está o Brasil mergulhado na desintegração de suas instituições, quer sejam elas políticas, sociais, culturais e outras tantas?
É Guerra Junqueiro, em “O Regimen”, quem adverte: “A ruína bruta e o de menos. Uma parede no chão, levanta-se; um banco sem dinheiro, atulha-se de dinheiro, facilmente. Mas, a ruína moral...! A morte de milhões de almas, milhões de idéias, de consciências...! É pavoroso!”
Tratar a fragilização da economia nacional como causa, a motivar a violência institucionalizada, é faltar com a mais elementar verdade. O estado de indigência em que nos encontramos é sim consequência de um outro aviltamento - o de uma sociedade abjeta, desonrada por um regime corrupto.
A filantropia deu lugar à misantropia: a aversão aos homens e à convivência social é regra num Estado de exceções.
(Caos Markus)
SÁBADO,26 DE JANEIRO DE 2013: "IRRESPONSABILIDADE FELIZ"
Essa falta de consciência da própria personalidade, de que ainda é vítima os paraguaios originários dos guaranis, se comparada com a carência de estímulos, pela morte do ânimo, tão freqüente ainda hoje entre nós latino-americanos, não é de toda particularíssima. Assim como o regime instituído pelos jesuítas catequistas para arrancar a população indígena à "barbárie" reduziu a consciência da própria personalidade dos nativos, tornando-os irresponsáveis que se julgavam felizes, também não é raro, na atualidade, deparamos no continente americano, notadamente no Brasil, novos "selvagens incomparavelmente "mais felizes" sob o jugo de uma nova "catequese" do que sob tirania violenta mais explícita e até do que na liberdade do seu próprio meio.
Seria mesmo lícito admitir o pressuposto da igualdade absoluta e da comunidade de bens, quando parece estar a espécie humana dividida em duas criaturas - aquelas feitas para dirigir e as outras para obedecer? O que já foi denominado "servidão deliciosa" não seria, ainda, um mau hábito entre muitos de nós, acostumados à tutela?
Se assim é, se assim for, a cautela já não é tardia. Hoje vivemos mal sob um "assistencialismo" reducionista, e não damos conta de que um dia, ausente a tutela dos assistencialistas, miseráveis que somos, entregaremos nossos pescoços - e sem protesto algum! - a tiranos mais modernos. Outros caudilhos têm assumido a tarefa de preparação estratégica da submissão fatal; em nome de uma hipotética e desarrazoada "fraternidade" sindicalistas e homens públicos dividem agora o terreno da demagogia, uns e outros procurando o mesmo: homogeneizar o seu rebanho, condenado ao expurgo os que relutam à "pacificação" pretendida, ao que parece, pretendendo cnfirmar que o povo não se sujeita à tirania, não a padece: antes a ela se acomoda e a ama. Não sente o peso do jugo. Não deseja entrar em comunhão com outras nações. Não compreende mesmo que a situação política e econômica que se lhe preparou seja anormal; nem aspira outra.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE2013: "HERÓIS VIVOS"
Nos E. U. A. muitos negros existem, e o francês sabe disso, como também tem ciência de que negros existem em todos os continentes. o que provavelmente o dito 1º Mundo de fato não quer ver é a grande possibilidade do 3º Mundo, muito além de mulatas assanhadas tipo exportação, ou de negros 'desovados' em terrenos baldios daquilo que erroneamente se julga o 'quintal' do pseudo mundo civilizado, aonde a promiscuidade de gente e cachorros grassa, em versão esteriotipada de "Casa Grande e Senzala".
No Brasil há músicos e jogadores de futebol. Muitos deles, negros, são instrumentistas ou atletas que fazem o mais puro delírio do francês, do italiano, do inglês na Europa re-unificada por tudo o que pretensamente têm os europeus em comum, muito menos do que pela verdadeira identidade que guardam entre si - a arrogância como mãe da ignorância.
Talvez o intelectualizado europeu conheça do nosso carnaval somente a nudez, e não o lindo espetáculo de coreografia muitas vezes idealizado por negros que habitam a pobreza dos morros cariocas; não a nobreza da harmonia, para não falar de todo um conjunto de ricas divisões nas frases musicais dos tamborins, agogôs, surdos e ganzás.
A meta da vanguarda brasileira ainda será por muito tempo livrar-se da retaguarda estrangeira. Pois a nossa brasilidade está assentada em princípios e valores que são frutos da nossa riquíssima miscegenação racial, a fazer de homens rudes verdadeiros heróis vivos, o que de fato é condição rara e preciosa.
(Caos Markus)
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
QUINTA-FEIRA, 24 DE JANEIRO DE 2013: "NEO NEON"
Essa de dizer que a culpa da sua alienação é o resquício da ditadura, as consequências nefastas do regime autoritário... sinceramente não pega mais. É tão cafona quanto a própria palavra cafona. É o mesmo que o sujeito dizer que bebe porque o pai dele morreu alcoólatra; não dá pra aguentar! Até quando você vai continuar assim, meio "peter-pan", pondo a culpa num pobre coitado que no lugar de mão tem um gancho?!
Num dia você abre a boca a chorar pela morte do seu ídolo, passa uma semana e você faz piadinha. Tudo bem, não que você tenha que posar de viúvo o resto de sua vida por tudo de ruim que acontece ao seu redor, mas pelo menos poderia descobrir que tem um "redor" e procurar contestá-lo e modificá-lo. Afinal, você é você mais as suas circunstâncias... Então, por que essa tolice de ser circunstancialmente vítima sempre?! Não ouça o meu conselho, ouça o do Chico: "Ouça um bom conselho, que eu lhe dou de graça/é inútil dormir, que a dor não passa". Acorda!!!
Sabe de uma coisa, moleque, às vezes eu fico pensando nessa história toda de que você é genial porque briga pelos direitos das minorias, e coisa e tal. E penso que você não passa de um panaca, um a mais a tomar parte na imensa maioria impoliticamente correta (isso pra não dizer "burra" mesmo). Não consegue nem tomar conta da própria casa.
Quem não é neonazista tem que ser neon da propaganda punk, do underground dos bueiros culturais?! Por que?!!
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2011: "MINORIAS NA MULTIDÃO"
Muito se fala em nome do futuro, como se com conjugá-lo fosse prece a um deus pagão; pouco se faz pelo presente, que a cada dia é mais página virada na história de um país.
Denunciar, denunciar, denunciar. É o que temos aprendido a fazer, como se realmente fosse a única e boa coisa a fazer. Inspirados numa falsa credibilidade daqueles que têm por ofício a arte da acusação, convivemos com as mais disparatadas idéias sobre a verdade, a ponto de duvidarmos que ela exista. Aliás, fazer com que a mentira esteja sempre em evidência é desprezar os valores positivos que deveriam nortear toda uma sociedade.
Isso tudo é mais ou menos como passar trote. A princípio a vítima se vê confusa, acreditando na brincadeira. Dependendo da ingenuidade, será maior ou menor o tempo que este ou aquele levará para perceber a cilada.
Então, por que não pensar que confundir alguém é, também, um processo de dominação?
Quando a noção de delito já está proscrita, torna-se o conceito de pecado, e vice-versa. Em nenhuma das duas circunstâncias jamais falta quem se arvore em árbitro justo e ponderado, a prescrever a pena ou a penitência para cada caso. E, novamente apropria-se a mente alheia, olvidando-se a análise apropriada na identificação e no reconhecimento das causas da transgressão.
Ao que parece, estamos em um país onde uma minoria desonesta vem sendo desbaratada por maioria escrupulosa, ou, ao contrário, o que de fato existe é uma ínfima parcela honesta resistindo aos ataques desonestos de uma multidão ignorante e prepotente. Ou, ainda, quem sabe, nenhum dos dois casos. E, de resto, o que temos é a própria honestidade relativizada, como se isso verdadeiramente fosse possível.
(Caos Markus)
sábado, 19 de janeiro de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2012: "O PORTA-DISTÚRBIO"
Muito brilho, purpurina e holofotes, este é padrão típico na socieade atual. Por isso tantas "tribos" tão iguais, ignorando os psicoterapeutas o quanto estão também sendo manipulados por "pacientes" inseridos nesse mundo do puro êxtase, onde até a adoção de comportamentos supostamente anômalos faz parte da perfomance tribal.
Parece estar em voga a pretensão de iludir, criando-se suposta necessidade de buscar na psicologia e na psquiatra os xamãs das modernidade, com o objetivo velado de conquistar-se algum exótico status, nem que seja (ou, quem sabe, talvez até melhor que de fato seja) para adquirir o rótulo de portador de um transtorno qualquer, desde que isso "promova" o narcisista contemporâneo à condição de "diferente", validado pela "autoridade" de quem determina, individualmente, síndromes incontáveis, mesmo sob a pena de menosprezar a real doença coletiva -a sociose.
Eis assim lançada nas magazines, à disposição dos bichos-grilos historicamente retardatários, a mais cobiçada indumentária dos indignos indignados: o porta-distúrbio.
(Caos Markus)
DOMINGO, 20 DE JANEIRO DE 2013: "PADRÕES"
Se o terapeuta se fecha para o mundo exterior coletivo, ele não tem conhecimento das intercorrências em nível de padrões sociais.Padrões esses que influenciam o comportamento individual da pessoa submetida à terapia, quando, não raro, a rotulação no singular olvida a titulação no plural, indicando-se por enfermo quem tão-somente é fragilizado pela massificação da sempre forjada opinião pública.
(Caos Markus)
domingo, 13 de janeiro de 2013
SÁBADO, 19 DE JANEIRO DE 2013: "DEPOIS"
Olá, como vai?
Por aqui, no contexto caótico deste país exótico, tudo bem, sujeito às confirmadas instabilidades em transição para 'tudo mal' a qualquer tempo.
Decorrido o recesso no "abcesso" forense, a população de foliões já faz micaretas Brasil afora, enquanto as mutretas prosseguem na regularidade legitimada pelas marchinhas sempre muito à frente de qualquer pretendida marcha de protesto nacional.
Protesto aqui é só no cartório. E isso se vê depois.
(Caos Markus)
sábado, 5 de janeiro de 2013
SEXTA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2013: "A DECISÃO NO CAOS PESSOAL"
Bondade e caridade são questões mais técnicas do que espirituais e, por isso mesmo, pagar um bom salário, investir em treinamento de pessoal (ao invés de apenas diplomá-lo), é certeza de retorno no bom desempenho dos empregados e, indubitavelmente, lucro imediato, que por consequência possibilitaria uma mais igualitária distribuição da renda nacional. Percalços existem. E são tantos a ponto de oferecerem subsídios para mestrado em Sociologia, pela identificação dos obstáculos impostos na sociedade de consumo de um país sofrível como é o nosso, a forjar uma cultura que privilegia o “ter” em detrimento do “usufruir”.
Mas na bizarra cultura brasileira, não é preciso muito esforço para refletir: como pensar em "socialismo", ou em "social-democracia", e que tais, desprezando os hábitos de todo um povo? Querem os desiguais tornar-se iguais? A 'desigualdade' não é antes de tudo mais que 'injustiça', uma verdadeira 'aspiração'?
Não é difícil, pois, compreender a decisão de alguns 'idealistas', abandonando lutas de décadas, ante a necessidade premente de resolver o seu próprio caos, o econômico e financeiro -a única conquista de fato vitoriosa na malfadada luta de classes.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2013: "ANTROPONARQUIA"
Não há mais dúvidas, o consenso da ignorância triunfou. A "lei de Gérson" faz tempo foi abolida, e vigora a norma exemplar da sobrevivência humana, ditada pelo que se convencionou denominar "Antroponarquia", regulada pela extinção do excedente humano, que uma vez exportado, renova o câmbio, em inovadora heterodoxia econômica e monetária.
Esse novo governo proclama a virtude de ter sido o único a resolver o problema angustiante da fome no mundo: o poder do homem é atributo peculiar aos donos de oligopólios, cartéis e konzers. Conseguiu o novo regime reformular o princípio da "periodicidade das crises" na livre concorrência, agastando-as da relatividade a que estavam sujeitas quando por ocasião de desequilíbrio entre produção e consumo.
Afinal, resta demonstrado, não cometeu erro algum aquele renomado cientista social que preconizou a inevitabilidade da concentração comercial e industrial como decorrência de uma lei "universal e absoluta". Vitória, certamente, da inspiração profética desse revolucionário das massas.
Na mais simbólica alucinação, eu vejo a prodigalidade, a dilapidação e a incúria, celebradas como ícones da nova ordem. O luxo, procedente de um exagerado amor de si mesmo, já fez desaparecer qualquer atitude caritativa para com o próximo, pois o próximo não mais existe.
A magnificência passou a significar, desde então, vício e imperfeição moral, nunca mais se empregando os grandes capitais disponíveis para oferecê-lo em abundância ao trabalho lucrativo. Ao contrário, o próprio salário readquiriu o conceito de simples mercadoria, em respeito à observação deformada do pensamento onde "quando dois patrões correm atrás de um operário, o salário sobe; quando dois operários correm atrás de um patrão, desce o salário".
No caso, a "Antroponarquia" devolve aos poucos homens de verdade (os especuladores) o mundo do qual eles já eram os legítimos proprietários, restituindo-lhes a acepção correta do vocábulo derivado do latim "speculator", ou seja, 'descobridor'. E, pois, quem 'descobre' tem por merecidas as honras de Chefe de Estado.
Meu delírio presencia o inaudito: afirma-se como realidade, ouvindo-se em alto e bom tom um novo hino, de todo inspirado em neo-malthusianos: "O homem que nasce em um mundo já ocupado, se sua família não tem meios com que o alimentar e nem a sociedade necessita do seu trabalho, não lhe cabe direito de reclamar alimento: ele é demais sobre a terra. No grande banquete da Natureza não há lugar para ele; ela manda-o marchar e não tardará em executar sua ordem".
Prevenindo-se da tragédia vizinha, consequência da diferença entre o crescimento em progressão geométrica da população e o aumento das subsistências em progressão aritmética, a nova casta dos "naturais" (os dignos representantes da espécie, por excelência) confunde-se com a própria Natureza. Dessa forma, a licenciosidade de qualquer meio que consiga restringir a natalidade é admissível no controle da demanda populacional.
Demência passageira, ou algo "profético", domados pela ignorância, estamos a consentir o declínio da existência humana na terra.
(Caos Markus)
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