Muitas pessoas afirmam que a aplicação da norma-padrão ou culta da língua é algo elitista, destinado a poucos. Isso não é elitismo. Possuir um jatinho ou viajar a turismo, frequentemente, visitando todos os quadrantes da terra, por exemplo, isso sim é ‘elitismo’. A tão execrada norma nada mais é do que a gramática contida nos livros de português. Normativa ou descritiva, qualquer um pode assimilar a concordância verbo-nominal para falar adequadamente, entender as classes morfológicas, escrever corretamente, entre outros aspectos técnicos da língua. Não é crível que um professor ensine a articular ou a redigir: “nóis tem um pobrema”; “a gente queremo dois pastel”. Ora, se todos possuem acesso ao correto linguajar, como o uso da norma pode ser elitista? Não, não é. A língua é um patrimônio de todos, um legado inestimável.
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Há muita discussão sobre o que é correto ou não em nosso idioma; há um abismo entre o que seja a validação linguística e a legitimidade do idioma. Na primeira, tudo é permitido na comunicação, até falar ou escrever inapropriadamente. Na segunda, é imperativo o uso da sintaxe e da ortografia corretas. Uma atende a um grupo específico de falantes enquanto a outra estabelece a 'coesão nacional'. A comunicação verbal antecede a escrita na história humana, porém, é a escrita que preserva o conhecimento adquirido. Se cada um arbitrasse o próprio linguajar ou grafia, seria impossível qualquer mínimo diálogo, envolvidos os indivíduos em meio a registros de línguas mortas, reduzidos a sons meramente guturais, desprovidos de fonemas e expressão. Por essa razão, a alfabetização existe em todos os países. Ou ao menos deveria existir. Não por outros motivos, no Brasil, a torre de babel do analfabetismo funcional é mantida como norma do nosso léxico, regra da gramática pátria. É a condição garantidora do ‘elitismo’ oligárquico-corporativista.
(Caos Markus)
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REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
QUINTA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2013: " GRAFANDO O ELITISMO"
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