Uma comprovação científica, quanto mais cedo as crianças entram em contato com o mundo das letras, maiores as possibilidades de se tornarem futuras leitoras. Publicações com poucas palavras ou frases soltas podem parecer mais adequadas às turmas ainda não alfabetizadas. Entretanto, um grande equívoco, são sugestivas da ideia, absolutamente falsa, a respeito da leitura, tratando-a como um processo sempre rápido e fácil. Ouvindo textos maiores e melhores, as crianças ampliam progressivamente a capacidade de ouvir e de se concentrar. Ao ter a oportunidade de conhecer a boa literatura, elas entendem, de fato, quais as vantagens de ler. As crianças não devem ser subestimadas, e sim compreendidas como leitores plenos, antes da sua alfabetização.
Há casos de sucesso e de fracasso escolar nas diferentes organizações familiares. A existência de um núcleo tradicional (composto de 'pai, mãe e filhos') não é determinante de uma maior atenção, em casa, à Educação. Indicam as pesquisas, alunos têm melhor desempenho quando seus pais são dotados de discernimento a respeito do sistema escolar, conversam sobre leituras realizadas e nutrem maiores expectativas relacionadas à escolaridade de seus filhos.
Essa dedicação pode ser garantida em diferentes estruturas familiares. Desde que previamente orientados, todos podem estimular a vida escolar dos filhos.
Conhecendo o corpo discente na ótica do seu contexto social, cabe à instituição escolar auxiliar as famílias a valorizarem a assiduidade, garantindo um ambiente de aprendizado em casa. É mais importante avaliar em que aspectos a família pode contribuir com o aprendizado dos filhos do que a forma como ela está estruturada.
Há supostas diferenças no aprendizado entre homens e mulheres em diversas áreas. Entretanto, é necessário compreender, as diferenças são fruto de uma questão de gênero, e não biológica, ou inata. A divisão de papéis sociais entre meninos e meninas só estimula o desenvolvimento de capacidades facilitadoras do aprendizado dessa ou daquela disciplina. Na superação dessa realidade, o essencial é a oferta (tanto pela família quanto pela escola) das mesmas oportunidades e desafios, a todos, sem distinções.
Ter um desenvolvimento de boa qualidade na outrora denominada 'primeira infância' é um dos fatores mais influentes no sucesso escolar.
A maior presença da mulher no mercado de trabalho tem ampliado a demanda por creches. Porém, a decisão de matricular os pequenos não deve ser feita apenas porque os pais trabalham e não há quem cuide deles. E nesse sentido, deve-se observar, a função de uma creche não se limita a cuidar da criança e alimentá-la. A ela também cabe proporcionar diferentes experiências de socialização da criança sob a sua guarda transitória.
O grande desafio, infere-se, é consolidar a etapa da Educação Infantil como 'momento educativo', potencializador de um processo através do qual a criança estabelece relações com os outros elementos da sociedade, tornando-se um membro atuante, sob o empenho destes destacados 'agentes sociais' (com suas respectivas significâncias) identificados na família e na escola, ambas voltadas ao despertar da personalidade pela Educação.
(Caos Markus)
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