Compreendida enquanto processo de humanização, voltada a transformar o homem a partir da apropriação de conhecimentos científicos cuja produção tenha este propósito, a Educação deve ter por objetivo possibilitar ao indivíduo a superação de uma condição de inércia, em transposição ao estado de lúcida evolução. Precisará ser capaz de romper práticas alienantes de considerar a pluralidade de situações sociais, assumindo a práxis revolucionária de transcendência, garantindo, comunitariamente, profundas alterações no próprio inconsciente coletivo, através da constante e renovada reformulação das dimensões visualizadas na sistematização dos meios transmissores e receptores de informações comunicáveis.
Não existe geração espontânea desta nova gama de saberes. Eles serão organizados metodicamente por meio de um currículo, e reproduzidos pela instituição escolar a partir de práticas de ensino revestidas de intencionalidade determinante, estruturadas por planejamentos e propostas de ação efetiva, na explícita meta de proporcionar ao educando a educação universalizante, integral.
O fazer pedagógico representa, nesta perspectiva, o principal instrumento na emancipação do educando, baseado nos objetivos educacionais cuja proposição o conduzirá à humanização por meio do trabalho. Por isso, ao se definir a intencionalidade da escola, há que se articular, conjuntamente, sua prática interdisciplinar.
Na contemporaneidade, a interdisciplinaridade é uma exigência para a prática humanizadora da educação, pois do trabalho interdisciplinar decorre a formação da cidadania universalizada, revestida de conteúdo integral.
Não existem atalhos ao se pretender um ser humano verdadeiramente humanizado. Apenas a partir da apropriação da cultura e do trabalho o homem se humaniza. E nesse sentido, a escola se coloca como promotora na conquista da sua emancipação, ao realizar, com qualidade, o processo de Educação, cumprindo então o seu papel social: construir e transmitir a produção cultural da sociedade mais ampla, o fazendo no eixo da coparticipação, onde a recíproca é sempre verdadeira.
(Caos Markus)
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