Alguma coisa de vulto pesa sobre a sociedade. É uma enorme interrogação. O que fazer? Aonde ir? Como tomar a direção do mundo? Quando há guerra, todos perdem. Na paz ninguém se entende. Olhamos ao nosso redor e descobrimos as ambições de alguns homens, a ignorância de outros e a miséria de muitos, diante da revolução que a técnica tem operado no mundo.O produtor protesta. Aquele que sofre se indigna. Também tem sua doutrina para defender-se. É socialista, comunista ou sindicalista.A própria técnica nova também lança o seu protesto. Avança, cria novos métodos de cultivo, aumenta sem cessar a produção, lança o homem à parada forçada.O homem e a História lutam por separar-se do passado; uma parte se imobiliza estagnada, outra se detém nas perspectivas do futuro, como se temesse entrar no presente.
Contrapõem-se antigas concepções e modernas realizações, gerando a ansiedade da incoerência. E desta contraposição advém os contínuos choques de homens contra homens, quando então suas inconsciências representam a resistência de um passado se negando a perecer diante de um presente querendo irresistivelmente abrir caminho.
O necessário é analisar e investigar o presente para, depois, combinar um método de ação favorável à evolução histórica do nosso tempo.
Neste sentido, ao pretender revolucionar a infraestrutura, o socialismo tem sido uma cega crença, e sua ação é de ordem puramente emocional. Indispensável mesmo à classe trabalhadora é um método em resposta a visão clara do futuro. E não mais ideias incipientes que imprimam, pela força, a marcha evolutiva dos povos.
Pois, as relações de dependência nascidas no corpo do proletariado, embora fruto de sua própria organização, têm dado origem a novas desigualdades.
Razão esta o suficiente na compreensão do contraditório: ao protestar contra as condições de sua exploração, os trabalhadores devem aproveitar suas mesmas fórmulas, sob a perspectiva do fundamentalmente histórico.
Noutras palavras, antes de ensinar, deve-se aprender. E isso significa não negligenciar a lição de casa, no dever de classe.
(Caos Markus)
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