Querer é poder!? Não. Por exemplo, querer amar só é poder se temos -acima do próprio amor- a coragem de assumí-lo com a prioridade por ele requerida.
Não é nada complicado. Pelo contrário, é muito fácil entender: muitos desejam um grande amor, deixando ao tempo, contudo, encarregar-se de diminuí-lo, até ele desaparecer.
Não estão dispostos a pagar o preço da independência, indispensável à sobrevivência do amor. Imaginam poder enganá-lo com as bugigangas recebidas em troca de ser matriarca e patriarca jamais ausentes.
Deixar essa condição sugestivamente confortável é abandonar a suposta comodidade de manter-se indefinidamente à disposição da prole e seus descendentes; é não almejar alguém sob espera incondicional nos corridos e imprevisíveis intervalos da vida.
A vida no amor não pode jamais ser compartilhada no improviso.
Não desejar quem não se permite querer a si mesmo é admitir o desinteresse alheio em confirmar a individual existência. É aceitar como opção a realidade de uma solidão não confundida com abandono.
(Caos Markus)
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