REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013: "O LIXO DO LUXO"
Não temos mais que uma cultura de almanaque, consagrando o banal, ritualizando fórmulas decadentes de salvação individual ou coletiva. Somos tão descartáveis quanto as informações que consumimos todos os dias.
Valorizar a cultura seria, no mínimo, medida profilática, a prevenir males cruciais como a fome, a miséria, atualmente combatidos quixotescamente como causa da violência, origem da desagregação social, quando não são mais que reflexos de caos anterior.
Opiniões diversas são apresentadas como "sui gêneris", impressionando pelo ineditismo, mas todas demais fantásticas, desprovidas de pragmatismo, sem considerarem que quando se trabalha com fenômenos sociais não se pode esperar a precisão da informática ou a certeza dos laboratórios. Em sociedades, múltiplos aspectos concorrem para maior possibilidade de dúvidas, em contrapartida à menor probabilidade de acertos. O organismo social, quando doente, não requer somente boa-vontade, apenas otimismo; mas realmente carece de conhecimento, e, ressalte-se, de conhecimento prático.
E como quem não tem nada briga por pouco, a violência fermenta a convulsão social em barbárie coletiva, por ninharias, por quinquilharias, pelo lixo elevado à condição de luxo.
Consequência imediata, estamos também virando lixo. E o pior: não degradável. Vermes vorazes, encontramos na podridão da cultura brasileira, amesquinhada e aviltada, o putrefato alimento de nossas sórdidas paixões. Alguns já marginais, outros ainda marginalizados, em breve seremos todos párias. Reduzidos a ínfima casta, excluídos da sociedade, devoraremos uns aos outros em antropofagia da modernidade.
Mais contribuintes que cidadãos, somos vitimados por formidável desestabilização social, onde não há acordo entre "técnicos" econômicos e a legião de "devedores" afetados. O mecanismo de manipulação abusiva dos vários índices na regulação da vida financeira do Estado influi decisivamente na saúde do organismo social, ignorando a inexistência de 'causa' desvinculada de correlatos 'efeitos'.
(Caos Markus)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário