Fato ainda recente, a coletividade tem manifestado evidente desejo de preservar para si as obras 'personalizantes' decorrentes do pretérito. Essa vontade, entretanto, estivera ainda voltada aos museus, a monumentos ou lugares. Data de pouco tempo a presença mais próxima do folclore na vida dos homens.
É de se questionar as razões da despreocupação com a conservação, o aperfeiçoamento de um forma de vida equilibrada, sem prévia destruição. Ou, o 'ocupar-se' das coisas 'vivas'!
Por exemplo, não afirmaríamos ser difícil, através das tecnologias atuais, uma transformação no campo, de maneira a eliminar o que nela há de mais estafante e coercitivo, sem destruir a vida nesse meio, sem a anulação do progresso no sentido efetivamente humano do vocábulo.
Provavelmente, não se atingiria o lucro econômico máximo, porém, restaria assegurada a benéfica influência do setor rural no conjunto de toda a população.
Existem atualmente, sabe-se, métodos de coletivização que, todavia, devem ser colocados em discussão, face as suas intrínsecas contradições.
Pois senão, vejamos.
Todo ser humano, sempre que lhe for possível, dedicará muito do seu tempo a atividades materiais (pessoais, individuais) ao custo de extrema fadiga. No entanto, não na mesma proporção ele se dedicará, com habitualidade, em favor de soluções coletivas regulares em que esteja incluído.
Verdade incontestável, somente por meio do prazer ou da obrigação, ou, em último caso, através do raciocínio, é que o homem dedicará o seu trabalho à solução coletiva. E, mesmo assim, quase sempre restrita e reticentemente.
Pois, derivam dessas limitações a diversidade de métodos de pagamento da remuneração pelo trabalho executado. Multiplicidade de métodos que são em verdade formas atenuadas de coerção.
Por mais paradoxal que possa aparentar, apesar de uma certa preferência de todos os homens pelos empreendimentos materiais individuais (numa tentativa instintiva de 'preservação da personalidade'), o conjunto da humanidade é tendente à realização de empreendimentos coletivos, progressivamente mais amplos e fortalecidos. Explica-se: prática dirigida ao objetivo do 'rendimento' global.
Nota-se com bastante clareza que, na maioria dos casos atuais, a COLETIVIZAÇÃO DAS ATIVIDADES MATERIAIS ocorre sob forma de COLETIVIZAÇÃO,PARCIAL OU TOTAL DO INDIVÍDUO.
Nesses casos, também as coletividades são parciais, mesmo que buscando uma coletivização integral. E por causa dessa parcialidade, do indivíduo é retirada qualquer possibilidade de escapar dessa limitada coletivização.
Grave consequência advém dessa limitação, vez que A COLETIVIZAÇÃO DAS ATIVIDADES MATERIAIS, SUPRIMINDO O INDIVIDUAL, encerra ações absolutamente DESPERSONALIZANTES.
Ora, nã requer esforço algum reconhecer que a DESPERSONALIZAÇÃO, NA SUPRESSÃO DO INDIVÍDUO, é inteiramente nefasta à evolução da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, somente logrando conquistar acréscimo do rendimento global das atividades, para o enriquecimento da coletividade e não o progresso do ser humano nela inserido.
(Caos Markus)
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