Se há mesmo mais mistérios entre o céu e a terra do que a filosofia pode imaginar, tudo então só é misterioso quando vão é o pensamento. Ou, confirmadamente, se há diferenças cruciais entre 'prognose' e 'profecia', nada mais evidente do que a nítida transparência ocultada sob o manto da hipocrisia.
Disso, a clareza de tornar muito próximo o quê se pretende demonstrar ainda longínquo. Por isso, a aritmética do prognóstico, a desmistificar a alquimia do visionário.
Ou, trocando em miúdos: mistérios existem para quem, ou por preguiça ou por comodismo, aceita ser mero espectador, mesmo intitulando-se, ou permitindo ser denominado, co-partícipe que opina e escolhe; que escolhe e decide.
Porque, ruindo o fascínio que o banal suscita, ninguém usará lentes escuras em quarto fechado e com a luz apagada. O podre no reino de Amsterdã, ele saberá, é mal-cheiroso por sua exclusiva culpa: a culpa de quem optou pelo (in) crível e negou tornar possíveis possibilidades de múltiplas combinações.
(Caos Markus)
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