Outros tantos mitos, por muito tempo, caíram, com e após a derrubada do Muro de Berlin; este, por si só, um emblema. Como nós os humanos não conseguimos viver (e nenhum esforço fazemos) sem ícones (eis que todas as nossas entidades morais são representadas em alegorias, apegados que somos à herança das convenções sociais forjadas na idolatria e, por isso, inibidoras da verdade com substrato filosófico); criamos novos signos a fim de justificar "nova ordem" no quase eterno duelo entre o 'bem' e o 'mal'. Aliás, estes, igualmente, conceitos arquitetados na iconolatria. A rigor, 'ordem' mais uma vez "revitalizada", contemporaneamente sofisticada -tudo na falsidade própria ao sofisma que, pela afetação, oculta o natural enquanto expressão mais imediata da realidade, imprimindo-lhe caráter de subordinação à burla, encobrindo-o e deturpando-o.
Com efeito, na pregação "de esquerda" pós-muro, o quê se viu, o quê se vê é a "neo-parede" do enredo habitualmente paternalista: o "mithos", a alegoria supressora do real, utilizada em nome da "verdade próxima", no advento do "frater patruelis", onde a fraternidade se limita à somatória de 'primos co-irmãos' pelo lado paterno.
De resto, o "frater" suscitando o "pater", na consolidação do "paternus" a decidir a estirpe humana, e a construir o seu "patrimônio moral".
Tudo na mal disfarçada ira dos que da "mater" somente almejam matrimônio que lhes assegure linhagem e dote. Porém, jamais professando-a como "magister". Porque nada mais dela desejam. E com ela nada esperam aprender.
(Caos Markus)
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