Na concepção aristotélica, a alma é a forma do corpo.
Desse corpo é o original do seu movimento e a meta ou o propósito final dele.
Como substância dos seres vivos, essa forma chamada 'psique' influencia e, com certeza, comanda o corpo.
Mais autenticamente, é uma parte do 'animal' do que é o próprio corpo.
Ambos, porém, alma e corpo têm os mesmos interesses.
Contudo, a alma, ela mesma é 'sem corpo'. Portanto, não pode ser localizada num órgão, numa célula ou num gene, diversamente de uma meia, pore exemplo, cuja forma pode ser encontrada na lã.
Por isso, ante a sua intemporalidade, ninguém é privado de compreender que "a beleza da alma é mais difícil de ser vista que a beleza do corpo".
Confirmada em sua fulgência, a todos será oportuno considerá-la uma inteligência ativa , formando e 'tramando' o destino de cada um.
Nesse sentido, a 'limitação' reside nos enredos que embaraçam-na, movido adiante o nosso caráter por força dos grandes mitos. Conhecê-los, deles assimilando um senso, é mesmo necessário, a fim de que tenhamos visão dos nossos esforços épicos, das nossas alianças malfeitas, das nossas tragédias.
(Caos Markus)
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