Não por acaso, Nietzsche dizia ser necessário 'reprimir' o que é chamado de 'instinto do conhecimento'. Pois, impõe-se por imprescindível reinterrogar a razão para cumprir suas promessas não efetivadas, e tudo o que ficou devendo às suas próprias esperanças. Com efeito, é preciso uma racionalidade capaz de nos inserir nas contingências das coisas; uma racionalidade dotada de memória, recordando o sofrimento do pretérito a fim de evitar-se a repetição de toda e qualquer tragédia. Porque esquecer não é apenas olvidar o que foi, contudo, também o que ainda poderá ser.
Trata-se de estabelecer perspectivas nas quais o mundo revele suas fissuras. Alcançar essas diretrizes sem arbitrariedade e violência, tão-somente na simplicidade do contato com os 'objetos', mensurando-os em seus referenciais; é esta, e não qualquer outra, a função do pensamento, na base da mais ampla racionalidade.
(Caos Markus)
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