O financiamento de políticas sociais destinadas a amortecer conflitos entre as classes mais populares e a minoria privilegiada (voltado a "legitimar" um sistema absolutamente discriminador), reforça, apenas, um regime no qual a formulação -descontínua no tempo- de "novos" e heterogêneos programas sociais, pelo Estado. E, mais além, cria acirradas disputas fisiológicas em torno do mercado da pobreza. Por tais razões, os fundamentos desses programas, viciados, inviabilizam políticas sociais harmônicas, gerando, a partir de um crescente déficit público, um dos mais vuneráveis pontos de ruptura em qualquer imaginada transformação política. Por efeito, a pobreza, calculada como investimento no mercado de futuros, é a mesma moeda podre que avaliza a riqueza dos acionistas preferenciais.
(Caos Markus)
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