QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2009:"CAÇADOR DA VERDADE"
Tanto Sócrates quanto Platão entendiam que pouco progresso advém da comunicação direta do conhecimento.
Para os 2 filósofos, importante é a capacidade de pensar, criando mentes capazes de formar conclusões corretas, de encontrar a verdade por si mesmas.
Na definição de Platão, o homem é o “caçador da verdade”, sendo, sim, valiosa a busca e não a posse do saber. Também pensadores modernos enaltecem a verdade desse mesmo princípio, como se observa na ponderação de Jean Paul Richter: “Não é o fim, mas o movimento que nos faz feliz.” A ruptura dessa apologia é consequência do exagerado realismo verificado na educação com o progresso científico. De fato, o utilitarismo do conhecimento atual tem menosprezado a importância do autodesenvolvimento como princípio fundamental no processo de aprendizagem. E, sem dúvida, nesse sentido, o papel da escola é cultivar virtudes intelectuais. Pois, o que é “disciplina, senão a antítese de “doutrina”? O professor, assim, é detentor, de um corpo sistematizado de conhecimento, enquanto os alunos apropriam-se da parte dessa doutrina que mais condiz com as suas necessidades individuais.
É nesses contexto que, mesmo sendo a escola um reflexo do meio social de onde se originou, pode a sociedade ser reformada a partir da instituição educacional.
Mas, é sempre a educação democrática que viabiliza essa reforma,
através do reconhecimento de habilidades, resultantes da prática inteligente e continuada, e pelo estímulo do conhecimento e da compreensão, pela observação e pensamento reflexivo. (Marcus Moreira Machado)
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