Todo dia é dia de projetos inacabados, preocupados e preocupantes; a cada dia um novo dia diz que amanhã é daqui a pouco, e que será tudo mais diferente e melhor para quem no presente e no passado jamais pode vislumbrar um novo tempo. E, assim, ninguém diz "não chores por mim…", e todos choram ainda mais um pouco por si mesmos e pelos meninos de rua que não são e nem poderiam ser, mas que gostam de imaginar que poderão ajudar, apenas pelo lamento muito mais conivente do que convincente.
Carpideiras! Não mais que isso é o que realmente somos. Pagos para freqüentar funerais e fingir solidariedade. Em nome de Cristo, em nome de Sidhartha em nome do inominável. E, principalmente, em nome dos bons costumes, acostumados que estamos a uma bondade incerta e não sabida, porém proclamada como participativa para esconder o quão lucrativa é.(Marcus Moreira Machado)
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