Dominantes na vida dos seres humanos, a angústia e a culpa são fatores mais poderosos e profundos que a fome e o amor. Em diversos lugares, não o amor nem a fome, mas sim esta dualidade angústia/culpa é considerada como aquilo que apreende o mundo no íntimo. E não por menos, admite-se que se o medo não tivesse impelido as primeiras formas de vida a se colocarem a salvo -através de reações de 'fuga'; se as inibições culposas não se opusessem à agressividade dos indivíduos para com os de sua própria espécie; então a vida teria se autodestruído, extinta mesmo, muito antes de conquistar a criação do ser humano.
Este mais recente congelamento, o pavor que encobre angústia e culpa, contemporaneamente, tem explicação, todavia. Ou, pode-se afirmar, a sua origem é localizada. Ele está associado à prepotência atual da tecnologia. Pois é ela que leva os homens a se compreenderem e a se considerarem como sendo tão-somente uma insignificante peça no aparelho de uma gigantesca organização social. Contudo, convem observar, peças de máquinas não gesticulam nem de modo normal nem de modo histérico; e muito menos podem dialogar abertamente. Até quando essas peças são agregadas coletivamente, no objetivo de constituir-se o conjunto de uma máquina funcional, ainda assim, elas só se acionam mecanicamente, sem parar de girar em torno do próprio eixo.
No entanto, parece haver no tempo presente uma incerta 'Pedagogia' orientada a adestrar o maior número possível de pessoas, por meio de 'didáticas' heterodoxas, a aderir à crença de uma indefinida premiação por integrarem a engrenagem do modelo social estabelecido.
Ora, efeito imediato desse 'aprendizado', não se diz mais "Amo, logo existo". Afinal, 'existir' já não é mais necessário.(Marcus Moreira Machado)
Um comentário:
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