Há um território comum à razão e à fé. É preciso demarcar com precisão esse 'espaço', a fim de impedir que a razão o ultrapasse, e assim ela possa desenvolver-se plenamente dentro desses limites.
Tal domínio -o do ser- é, em primeiro lugar, a realidade do mundo sensível. A razão pode conhecê-la.
Com efeito, o conhecimento racional provém inicialmente dos sentidos. Da sensação, o intelecto abstrai a individualidade das coisas, e delas retira a matéria, obtendo por resultado as formas.
Operação em que atuam, mais certamente, dois tipos de intelecto: o 'possível' -que recebe dos sentidos as imagens das formas; e o 'agente' -responsável pelo conhecimento determinado das formas. O segundo, pois, 'atualiza' o primeiro, isto é, dá-lhe existência, antes 'negada' na abstração.(Marcus Moreira Machado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário