Um regime corrupto só na corrupção subsiste.
Mantem-se na corrupção como alguns bacilos na
porcaria.
O seu ódio ao bem é FUNDAMENTAL E ORGÂNICO.
A filosofia de vida de um tal regime é a filosofia do
porco: devorar! Mas como semelhante
compreensão da vida e do destino do homem é
por demais inconfessável, envolve-se o crime na
mentira, esconde-se a chaga em linhos brancos.
O regime, assim, declara-se bom, justo, forte.
Conta com milhares de HOMENS ARMADOS EM
GUERRA PARA MANTER A PAZ, escudar a lei e
sustentar o direito.
Tudo um engano, uma fraude, hipocrisia
descarada! Que significa então esse regime? O IMPERATIVO DA BESTA, a ditadura do mal. Converte a religião em sacrilégio, o direito em crime, a verdade em burla, a força em tirania. Os seus amigos são os inimigos da alma. Odeia o Espírito, porque o Espirito é bom, é belo, é justo, é verdadeiro. Se o santo, o sábio, ou o poeta não se identificam moralmente com o regime, e protestam, acusam, dizem o que sentem, fazem o quê pensam ... O regime mortifica-os pela fome ou pelo exílio, pelo cárcere ou pela calúnia. Age o regime como ASSASSINO DE DEUS, coveiro de almas! A ruína bruta é o de menos. Uma parede no chão, levanta-se; um banco falido, atulha-se de dinheiro, facilmente. Entretanto, a RUÍNA MORAL...! A morte de milhões de almas, milhões de idéias, de consciências...! É horroroso!! É pavoroso!! (compilação por Marcus Moreira Machado, de obras de Abílio Guerra Junqueiro, em 10 de agosto de 2007)
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