Busca-se explicação para toda sorte de implicação. Tudo como se nessa atitude possível fosse o provável determinar a solução; o concreto subjugado à mera presunção. Nada mais inconveniente, tão-somente pela transcendência do superveniente esboçado no complexo dissecado. O REAL, afinal, preterido pelo IMAGINÁRIO.
Agora, a INDIVIDUAL experiência, como se tragada por incerta 'convivência', repele-le como impedimento ao indeterminado COLETIVISMO.
E por isso a minha, a sua, a nossa consciência, todas devem absoluta conformação à inconsciência do gênero, já menosprezada a espécie. A MORAL circunscreve-se a delimitação que julga vil a tangente, que confina e segrega tantos quantos escolham não estar de um ou de outro lado; distantes de secções ou intersecções.
Eis que a ALDEIA GLOBAL em pouco tempo tornou-se BABEL. Na particularidade surpreendente, todavia, de que se ouve em unissono e ininteligível pluralidade de dialetos; tudo numa geografia definida na ESTRATÉGIA DO PODER.
Discordar não mais faz sentido. Concordar ainda é meio termo. Aderir é o verbo e é o substantivo.
Servil, qualquer um de nós poderá servir-se no fausto do lugar-comum, já superado o antagonismo, morta a dialética, no apogeu da UNIFORMIDADE a que se deu o nome de CONSENSO.
A miséria, a ser socorrida não mais pela bondade; pontualmente, contudo, alvo das resoluções igualmente imaginadas como divina perfeição -na unção de redentoristas extremados que apregoam liberdade como PEDRA FUNDAMENTAL do logo inaugurado CATIVEIRO. O banal sacralizado,fetiche da nova ordem, objeto de reverência da COMUNIDADE mal habituada à admissão de premissa única como predicado e sujeito da conclusão.
Por isso, o PODER (não mera faculdade) como a certeza de apoderar-se. A preterição, enfim, da possibilidade. E a inflexão da potestade através da vulgarização -agora,batizada CO-PARTICIPAÇÃO- imprimindo realidade à débil imaginação.
MARCUS MOREIRA MACHADO
Nenhum comentário:
Postar um comentário