Não direi "mirem-se no exemplo das mulheres de Athenas". Ou, tampouco, no dos homens de Esparta, forjados na 'arte da guerra', ainda na mais tenra infância.
Se indispensável alguma referência, a procuremos em Creta.
Lá, encontraremos lutando juntos, contra o Minotauro, Ariadne e Teseu.
Ela, com seu fio, tecendo esperança concreta ao guiar Teseu pelo labirinto.
Ele, dela dependente, enfrentando com destemor a besta-fera.
Os dois, superando, em esforço conjunto, o quê e quem poderia negar-lhes a supremacia do amor.
O deuses revelam, afinal, sua impotência, quando demonstram precisar dos mortais a fim de garantir à sua eternidade prazer que o perene não possui.
A todos os de boa-vontade, nessa compreensão, mais valerá o ensinamento de verdadeiro 'rei', em menosprezo à tirania de qualquer régulo.
Então, no Cristo, a reflexão: "Quid prodest?"; 'De que adianta?'
"- De que adianta ao homem conquistar o mundo universo, se vier a perder sua alma?"
Marcus Moreira Machado
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