Quem sou eu, além de ser esse mesmo 'eu'?
Não sou eu também mais alguém que desconheço?!
E esta inquieta alma que se me apresenta ora como indesejável hóspede, ora tal qual peregrino que, velho, retorna à moradia...!?
Quem sou eu se, adiante, em mim pessoas várias sussurram antiguidade de anônimo espírito?
Eu sou o quê fizeram de mim?
Ou nem ser de fato eu sou? Pois que talvez apenas o tempo é que continua na sua inexorável caminhada -passando em mim, como já fizera outrora e como ainda fará depois, sem jamais cessar, sempre rumando à sublimação do absoluto!
Eu sou o filho e o pai, o neto e o avô; o descendente e o ascendente...
Eu sou elo da corrente, que sem a corrente nem elo é.
Definitivamente, pouco eu sei de mim, então. Porque tudo sou eu aquém e além do que também serei.
Não mais que a trégua eu sou: para que a vida se consuma e se renove a todo instante, em mim, em ti, em nós, em Deus.
Marcus Moreira Machado
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